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Marechal Especial O Presente

Empresas familiares são maior número no Oeste

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Mais de 90% das empresas constituídas no país são familiares. Esse é um dos perfis mais encontrados no comércio da região Oeste do Paraná e, igualmente, em Marechal Cândido Rondon (Foto: O Presente)

 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mais de 90% das empresas constituídas no país são familiares. Esse é um dos perfis mais encontrados no comércio da região Oeste do Paraná e, igualmente, em Marechal Cândido Rondon.

O gerente regional do Sebrae no Oeste do Paraná, Augusto Stein, diz que, por vezes, dá-se uma conotação negativa ao fato de uma empresa ser familiar, no entanto, economicamente falando, esse ramo empresarial é muito positivo porque mantém o lucro do negócio na localidade. “E essa é uma das situações que temos incentivado, para que cada vez mais sejam feitas compras locais para que as riquezas geradas permaneçam na comunidade, gerem emprego, renda e novos investimentos”, relata.

Todavia, Stein pontua que há necessidade do aperfeiçoamento dos processos de gestão para empresas formadas entre familiares, já que é muito comum que a gestão seja menos profissional. “Não apenas em Marechal Rondon, mas em qualquer lugar do Brasil a maioria das empresas familiares têm processos de gestão menos evoluídos. Se confunde, por exemplo, o dinheiro da empresa com o dinheiro da família e isso não é saudável para o negócio”, enfatiza.

 

Questão de equilíbrio

As redes de fora que chegam ao município, por vezes criticadas por não deixarem riquezas na cidade, na visão de Stein, também são positivas para o comércio, pois aumentam o nível de competitividade do mercado, trazem processos mais profissionais e propiciam a geração de vários postos de trabalho. “O lucro dessas empresas acaba saindo do município, entretanto, há todos esses outros pontos positivos para o mercado local”, reforça.

 

Mão dupla

Muitos empresários, de acordo com Stein, relatam a dificuldade em conseguir mão de obra qualificada, fato que ocorre atualmente em diversos municípios. “Temos muitos relatos de empresários de que apesar de a empresa buscar a qualificação e oportunizar que o colaborador tenha esse aperfeiçoamento, é do outro lado que falta o interesse. Falta partir do colaborador o querer, o estar disponível para se aperfeiçoar”, evidencia.

Para Stein, a qualidade do atendimento hoje é o principal diferencial em uma empresa, tendo em vista que a maioria dos negócios do comércio vendem os mesmos produtos com faixas de preços muito similares. “Além disso, as empresas estão concorrendo com o comércio on-line, que tem uma faixa de preço menor e essa é uma concorrência que se o empresário apostar só no preço ele tende a perder. Então, nesta situação, a qualidade do atendimento é um diferencial que pesa ainda mais”, destaca.

Ele comenta que o comércio on-line não privilegia o atendimento, ao contrário do varejo tradicional, que tem no contato entre empresa e cliente a conquista e fidelização do consumidor. “A experiência do atendimento presencial e mais qualificado é o grande ponto positivo para o comerciante”, ressalta Stein.

 

Gerente do Sebrae no Oeste do Paraná, Augusto Stein: “As empresas estão concorrendo com o comércio on-line, que tem uma faixa de preço menor, e essa é uma concorrência que se o empresário apostar só no preço ele tende a perder. Então, nesta situação, a qualidade do atendimento é um diferencial que pesa ainda mais” (Foto: Divulgação)

 

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