Marechal Rondon pode contar com posto de coleta de sangue

Em atuação no município de Marechal Cândido Rondon desde 04 de abril de 2017, a Associação Sangue Bom reúne hoje 5,5 mil pessoas cadastradas no banco de doadores de sangue, sendo que em torno de 50 famílias já foram atendidas pelo projeto. A associação é presidida por Wilmar Güttges e mantida pelo Lions Clube Marechal Cândido Rondon, além de ter a prefeitura como parceira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

Em entrevista ao O Presente, o presidente da Associação Sangue Bom destaca que o número de pessoas atendidas até o momento no município é considerado expressivo. “Toledo tem uma unidade coletora de sangue e Cascavel conta com o hemocentro. A ideia para Marechal Rondon é viabilizar um posto de coleta para evitar o deslocamento dos doadores até Toledo ou Cascavel. Ou seja, a instalação do posto de coleta vem para facilitar a doação, de modo que o sangue será transportado direto até Cascavel”, salienta Güttges, ao acrescentar que em o projeto sendo concretizado os rondonenses não precisarão mais se deslocar até Toledo. “A parceria da prefeitura é essencial, pois a Secretaria de Saúde transporta os doadores de Marechal Rondon a Toledo e isso tem funcionado muito bem”, enaltece.

TRANSFORMAÇÃO

A secretária municipal de Saúde, Marciane Specht, destaca que o sangue coletado em Toledo é transportado a Cascavel. “Todo sangue coletado é fracionado no hemocentro em Cascavel, sendo transformado em hemácias, plaquetas e plasma fresco. A ideia do município, em parceria com o Lions Clube, é fazer a coleta em média duas vezes por semana, porque há quantidade significativa de cadastros. A dinâmica é coletar sangue no período da manhã e à tarde organizar o transporte ao hemocentro de Cascavel”, expõe.

Conforme ela, o ambiente para instalar o posto de coleta já está avaliado, contudo ainda não está definido. “É claro que isso demanda estudos. O primeiro passo é firmar o termo de convênio entre Governo do Estado e prefeitura, via Secretaria Municipal de Saúde, uma vez que o Lions Clube entra como parceiro do posto de coleta. Existe a pendência do Estado enviar o termo para que a Assessoria Jurídica avalie e nós firmemos este convênio. A partir do convênio firmado será possível iniciar as tratativas de recebimento dos equipamentos, como cadeiras, homogeneizador, outros materiais necessários para coleta, transporte e o fornecimento das bolsas para coleta de sangue. O que ficaria por conta do município é a questão da organização da estrutura física e do material humano. Lógico que o planejamento das atividades vai contemplar a capacitação dos profissionais”, menciona.

Marciane enfatiza que a coleta do sangue deve ser feita com comprometimento, uma vez que o cuidado com o sangue deve ser interpretado como um transplante de órgão. “Posteriormente ocorre o processamento, pois sangue tem data de validade e conhecendo toda esta logística e o custo envolvido aumenta a responsabilidade conjunta entre hemocentro de Cascavel, Lions Clube e prefeitura no intuito de oferecer atendimento de qualidade e mais próximo dos cidadãos”, expõe.

 

 

MICRORREGIÃO DE SAÚDE

Embora a Associação Sangue Bom conte em sua ampla maioria com rondonenses entre os filiados, também há cadastrados que residem nos municípios vizinhos.

“Futuramente podemos pensar em uma microrregião de saúde para abarcar os outros cinco municípios, caso de Entre Rios do Oeste, Mercedes, Nova Santa Rosa, Pato Bragado e Quatro Pontes. A demanda pode ser estendida para este atendimento no posto de coleta, visto que sangue é vida. O sangue que hoje alguém recebe do Hospital Cruzatti ou do Hospital Rondon vem de vários municípios. Contudo, ainda não há previsão para instalar o posto de coleta de sangue, até porque a partir da assinatura do convênio ocorrem as demais tratativas de organização do espaço físico, que precisa ser validado também pela equipe do hemocentro de Cascavel, bem como o recebimento dos equipamentos e materiais necessários para o atendimento”, pontua.

A secretária de Saúde diz que ainda não há uma definição se o posto contará com uma cadeira ou duas cadeiras de coleta. Segundo ela, isso vai depender de processos licitatórios do Estado em fornecer esse equipamento para o município e também da logística da própria entrega da bolsa para coleta. “Nós seremos um braço do Hemocentro de Cascavel. A partir do momento que tiver uma definição do Estado com a possível data de início, o município organiza os servidores e disponibiliza a capacitação, o que é rápido”, ressalta.

VISITA TÉCNICA

Recentemente, uma comitiva rondonense realizou visita técnica ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), em Curitiba. Presente ao encontro, o prefeito de Marechal Rondon, Marcio Rauber, destacou o empenho do município em viabilizar o posto de coleta de sangue para apoiar ainda mais o projeto da Associação Sangue Bom, mantido pelo Lions Clube.

Também estiveram presentes à reunião com a equipe do Hemepar os representantes do Hospital Rondon e do Convênio Sempre Vida, os irmãos Eduardo Seyboth e Ana Carolina Seyboth, secretária de Saúde e o presidente da Associação Sangue Bom.

TRANSFUSÕES

No município rondonense está instalada a agência transfusional junto ao Hospital Rondon, que disponibiliza transfusões programadas e de urgência, bem como no Hospital Municipal Doutor Cruzatti, onde também ocorrem transfusões programadas (eletivas) e de situações de urgência.

CADASTROS

Pessoas interessadas em se cadastrar como voluntárias podem se dirigir à sede da Associação Sangue Bom, mantida pelo Lions Clube rondonense, localizada no canteiro central da Avenida Maripá. O expediente é de segunda a sexta-feira, das 08h30 às 12 horas e das 13h30 às 17 horas. Mais informações podem ser obtidas pelo do telefone (45) 2031-1310.

O Presente

Comitiva rondonense durante recente reunião no Hemepar em Curitiba: intenção é estender a parceria da prefeitura com a Associação Sangue Bom a partir da instalação de um posto de coleta de sangue (Foto: Divulgação)