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Marechal 2,5 milhões de litros/dia

Nova estação de tratamento de água entra em operação, mas racionamento continua em Marechal Rondon

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Capacidade de produção é de até 2,5 milhões de litros de água potável por dia (Foto: Sandro Mesquita/OP)

O fim do rodízio de água talvez seja uma das notícias mais aguardadas por grande parte dos moradores de Marechal Cândido Rondon. Entretanto, mesmo com o início da captação de água do Rio Arroio Fundo através da Estação de Tratamento de Água (ETA), o racionamento permanece.

A unidade tem capacidade de produzir até 2,5 milhões de litros de água potável por dia, mas, apesar de estar funcionando desde o fim de fevereiro, passou a enviar água oficialmente para a rede do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) somente na manhã de ontem (07), após a realização de ajustes.

A estação localizada na Linha Guarani ainda não atua com o máximo potencial produtivo devido a adequações técnicas.

Segundo Darci Schitz, que substitui temporariamente o diretor do Saae, Vitor Giacobbo, a estação está em fase de teste, com produção de 10% a 15% da capacidade. “O Saae já está retirando água do Arroio Fundo, mas com desligamentos, ajustes e treinamento do pessoal”, explica.

 

Capacidade de produção

A estação tem capacidade para captar 30 litros de água por segundo durante 24 horas por dia, mas, conforme Schitz, em razão desses ajustes a estação vai operar de forma provisória, durante 12 horas por dia. “Estamos fazendo de uma forma bem racional o incremento do sistema para resolvermos o problema do racionamento, no entanto, precisamos ser cautelosos, afinal, é fundamental fornecer água de qualidade aos consumidores”, enaltece.

O Saae produz diariamente em Marechal Rondon cerca de 13,1 milhões de litros de água em média, o consumo diário, mesmo com o racionamento, é de aproximadamente 13,5 milhões litros/dia.

O déficit de 400 mil litros/dia deverá ser sanado com a água tratada na ETA da Linha Guarani, no entanto, Schitz mantém a cautela em relação ao fim do rodízio no município. “Manteremos a mesma linha de fornecimento de água, tendo em vista o sistema ainda não operar em 100%, mas o importante é que a obra está pronta”, destaca.

De acordo com ele, o início da captação de água do Arroio Fundo marca o começo de um trabalho que deverá decretar o fim no racionamento de água no município, iniciado no dia 21 de novembro de 2019. “A previsão para a ETA operar com capacidade total é de 60 dias. Provavelmente o problema do racionamento seja resolvido nesse prazo, mas tudo dependerá de avaliações futuras”, frisa.

Diretor em exercício do Saae, Darci Schitz: “O racionamento persistirá enquanto estivermos nessa fase de ajustes operacionais. Portanto, pedimos a compreensão das pessoas e que continuem economizando água” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

Processo de tratamento

A água retirada do rio enfrenta algumas etapas, como a eliminação de resíduos, floculação, adensamento, filtragem e, ao final, a aplicação de cloro. Após o processo de tratamento a água passa por análise, que é feita a cada uma hora, para assegurar que seja 100% potável. Após esses procedimentos, a água é enviada para a rede, onde, nos reservatórios, se junta à água dos poços e minas.

Todo procedimento deve ser acompanhado por um funcionário da empresa que vendeu e instalou o equipamento. O treinamento deve durar cerca de 20 dias.

Conforme o diretor operacional do Saae, Geomar Diesel, o sistema da ETA é algo novo para os colaboradores da autarquia e exige maior controle e cuidado do que o sistema de captação já existente no município. “Os parâmetros de análises são diferentes e mais criteriosos”, ressalta.

Segundo ele, a nova estação de tratamento deve servir de exemplo para o modelo a ser implantado na estação definitiva, que será construída em uma área às margens da estrada de Margarida, na entrada para a Linha Concórdia. “O aprendizado servirá de experiência para decidirmos se implantaremos um modelo compacto ou um sistema de captação convencional”, menciona.

Diretor operacional do Saae, Geomar Diesel: “Por se tratar de uma tecnologia nova para nós, a estação de tratamento exige uma série de ajustes e aprendizado para a operar o sistema. Os parâmetros de análises são mais criteriosos” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

Amostras de água são colhidas a cada hora e passam por uma série de análises laboratoriais para assegurar a qualidade (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

 

Estação definitiva

Além da água produzida pelos poços artesianos e a gradativa produção gerada pela ETA compacta, o Saae estuda a construção de uma estação definitiva de tratamento com capacidade de produzir 150 litros por segundo, o que definitivamente acabaria com a falta de água no município.

Local onde foi construída a ETA abriga também um dos poços artesianos do município. Os equipamentos estão funcionando com a ajuda de um gerador movido a diesel, enquanto o Saae aguarda o pedido de aumento no fornecimento de energia junto à Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

 

De acordo Schitz, o terreno onde será edificada a unidade de tratamento foi adquirido pela prefeitura e atualmente encontra-se em processo de análise. “O projeto não teve início, por enquanto. Está tramitando internamente com informações que precisam ser levantadas para poder efetivá-lo”, expõe.

Segundo ele, amanhã (09) será aberto o edital para perfuração de mais dois poços artesianos para atender a sede municipal. “O Saae continua, dentro de suas possibilidades, procurando água para atender a demanda da população”, ressalta.

Local de extração da água do Rio Arroio Fundo: capacidade de captação é de 30 litros por segundo (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

Previsão para a ETA operar com capacidade total é de 60 dias. Provavelmente o problema do racionamento seja resolvido nesse prazo, mas tudo dependerá de avaliações futuras (Foto: Sandro Mesquita/OP)

Para a implantação da ETA foram investidos mais de R$ 3 milhões. Apesar de já iniciada a captação de água, a obra não foi totalmente concluída. Ainda falta construir o espaço destinado aos funcionários que irão trabalhar no local (Fotos: Sandro Mesquita/OP)

 

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