Marechal Perigo
Produtores rurais devem ficar em alerta para surto de raiva, alerta chefe da Adapar
O recente surto de raiva no Estado fez com que a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) emitisse um alerta, que destaca a importância de o pecuarista vacinar seu rebanho contra a doença. Até o início de agosto, foram comprovadas 45 mortes de animais (39 dos quais eram bovinos) em decorrência deste mal. Trata-se de uma doença incurável, que ataca o sistema nervoso dos animais, levando-os à morte. O estado de vigilância se torna ainda maior pelo fato de a raiva ser considerada uma zoonose, ou seja, moléstia que pode ser transmitida ao ser humano.
De acordo com a Adapar, os focos confirmados de raiva ocorreram em diversas áreas do Paraná, mas o Sudoeste é um dos pontos críticos. Só no município de Ampére foram cinco casos confirmados. Cidades próximas, como Dois Vizinhos e Santo Antônio do Sudoeste, também tiveram animais mortos em decorrência da raiva. Além de bovinos, constam na lista dos mais suscetíveis os equinos, suínos, ovinos e caprinos.
Na jurisdição da Adapar de Marechal Cândido Rondon, que também abrange Quatro Pontes, Mercedes, Pato Bragado e Entre Rios do Oeste, o último foco registrado foi em 2012, explica o chefe local, médico veterinário Nilson de Freitas Gouveia. Mas ele reforça o alerta em função da situação estadual, especialmente porque a raiva é uma doença transmitida para o ser humano e é fatal, tanto para animal, como para o homem.
“O produtor deve estar atento para animais mordidos por morcegos, presença de abrigos de morcegos e animais com sinais da doença evoluindo para a morte, em média de um a sete dias”, ressalta Gouveia, ao destacar os principais sinais, como sintomas nervosos (salivação, tremores musculares, andar cambaleante e paralisia) e ainda morte súbita. Situações que devem ser informadas imediatamente para a Adapar, assim como a notificação de mordedura de morcegos e presença de abrigos de morcegos na propriedade.
Ele ressalta que a Adapar controla a população dos morcegos nos abrigos cadastrados e faz aplicação de pasta vampiricida nos animais mordidos. “Por isso é de grande importância a notificação, o diagnóstico e controle do foco”, diz.
Se o produtor identificar um possível caso, deve fazer o isolamento imediato do animal e comunicar a Adapar. “A vacinação é obrigatória para todas as propriedades em um raio de 12 quilômetros em linha reta do foco – todos os bovinos, caprinos e equinos, com vacinação específica para cada espécie”, expõe.
O Presente