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Marechal Modalidade em ascensão

Queridinho dos rondonenses, condicional ganha ainda mais espaço em tempos de pandemia

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Estratégia de venda já consolidada em Marechal Rondon, condicionais estiveram ainda mais em evidência nos últimos meses, devido às medidas preventivas à Covid-19. Lojas que ainda não eram adeptas da modalidade no município acabaram aderindo e já colhem bons resultados (Foto: O Presente)

Praticidade, comodidade, facilidade e segurança. Esses são alguns dos termos que caracterizam as vendas no condicional, modalidade em ascensão devido à pandemia do coronavírus. A prática recebeu destaque em grandes centros e foi fortemente incentivada como um meio de comercializar produtos e evitar aglomerações ao mesmo tempo. Em municípios menores, como é o caso de Marechal Cândido Rondon, essa modalidade de venda já é consolidada e ganhou ainda mais notoriedade nestes tempos de restrições devido à Covid-19.

Nas vendas via condicional o cliente tem a comodidade de poder experimentar as peças em casa após ter buscado na loja ou solicitado a entrega. Em ambos os casos, a praticidade de provar as peças na própria residência, na hora que tiver tempo, com maior flexibilidade para decidir sobre o que comprar, sem ter que se dirigir a uma loja, é vista com bons olhos pela maioria dos consumidores.

A enfermeira rondonense Camila Brancalhão Hilbig é uma das adeptas das compras no condicional. “Eu prefiro fazer a compra assim, sendo que 90% das compras que faço são no condicional”, expõe. “É muito mais fácil, mais prático, principalmente nessa época de pandemia. A gente leva ou eles entregam as peças e pode escolher com tranquilidade em casa”, avalia.

Enfermeira Camila Brancalhão Hilbig é uma das adeptas do condicional: “90% das compras que faço são no condicional” (Foto: O Presente)

 

FORA DA LOJA

De acordo com a vice-presidente de Produtos e Serviços da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Rondon (Acimacar), Sandra Nair Kuhn, vendas no condicional são uma prática constante no comércio rondonense. “Essa modalidade se tornou habitual por aqui. Os clientes pedem e os vendedores oferecem. São poucas as lojas que não possuem, já que são vendas realizadas fora da loja”, menciona.

Nas lojas da empresária, Sandra’s Confecções e Império da Criança, o condicional está presente desde que foram abertas. “É sempre uma venda a mais que fazemos. Às vezes os clientes pedem por algo que não temos no momento e assim que encontramos a peça, contatamos a pessoa para ver se ela quer provar e aí fazemos o condicional”, comenta.

Considerando o movimento em seus estabelecimentos, Sandra garante que a pandemia não influenciou no fluxo de condicionais. “Dentre os atendimentos, essa modalidade chega a cerca de 30%”, aponta.

Para Sandra, a vantagem está em vender fora do próprio comércio, mas a desvantagem é que pode interferir na dinâmica interna da loja. “O cliente pode vir no balcão, pessoalmente, pedir um produto e nesse momento a mercadoria pode estar no condicional”, salienta.

Proprietária das lojas Sandra’s Confecções e Império da Criança, Sandra Kuhn: “O condicional se tornou habitual. Os clientes pedem e os vendedores oferecem” (Foto: Divulgação)

 

CARRO-CHEFE

Na Chicaboom One Store Marisol, as vendas no condicional são o carro-chefe nos atendimentos. “Em nosso fluxo de negócios, o condicional representa aproximadamente 80% das vendas”, mensura a proprietária, Fabiane Bloch Schmidt.

Considerando os decretos municipais, que, dentre outras determinações, sugerem que crianças menores de 12 anos não devem frequentar estabelecimentos comerciais, as lojas de roupa voltadas ao público infantil e juvenil têm tido certas dificuldades. “As pessoas estão pedindo mais condicional agora, já que as crianças não podem vir à loja. Contudo, mesmo antes da pandemia, essa modalidade era muito procurada, porque as pessoas gostam de provar as roupas nos horários que ficam melhor para elas”, relata.

De acordo com Fabiane, mesmo que o estabelecimento tenha uma boa procura no condicional, é preciso ressaltar certos cuidados. “Por meio dessa modalidade eu consigo realizar um número maior de vendas, mas a desvantagem é que preciso ter um estoque maior de mercadorias”, salienta.

Sobre os produtos, declara a empresária, a pandemia afetou cerca de 10% dos pedidos realizados, que foram cancelados. “Nós sofremos mais pelos dias parados, mas em agosto praticamente normalizou o fluxo de clientes”, enaltece.

Proprietária da Chicaboom One Store Marisol, Fabiane Schmidt: “Em nosso fluxo de negócios, o condicional representa aproximadamente 80% das vendas”

 

LIMITAÇÃO

Proprietária das lojas Maria Antonieta, I Love Bijus, Paula Negrão e ClaraBela, Viviane Genz diz que trabalha com as vendas no condicional desde a abertura das empresas, contudo destaca que tal modalidade não é o foco em nenhum dos empreendimentos. “Temos grande variedade de peças, que, em sua maioria, são exclusivas e ainda contamos com um ambiente confortável e amplo, o que não é transmitido pela venda no condicional. Dessa forma, priorizamos sempre o atendimento presencial. Acreditamos que a experiência de sair da loja satisfeita por ter feito uma ótima escolha não tem preço”, ressalta.

Ainda assim, Viviane entende que a modalidade é vantajosa para pessoas com agenda apertada. “Atendemos o cliente que não tem tempo de vir à loja, pois trabalha em horário estendido. Essa é uma vantagem, assim como nos casos de clientes que querem algo em específico”, pontua a empresária.

Para ela, uma das desvantagens dessa modalidade é a limitação. “Não conseguimos enviar tudo para uma mesma cliente, por isso damos preferência ao atendimento presencial”, reitera.

Atualmente, os atendimentos no condicional são de cerca de 5% nos estabelecimentos de Viviane, mas ela conta que a pandemia modificou esse índice por um período. “No início, chegamos a vender 70% no condicional, mas agora está voltando ao normal”, comenta.

Proprietária das lojas Maria Antonieta, I Love Bijus, Paula Negrão e ClaraBela, Viviane Genz: “No início da pandemia chegamos a vender 70% no condicional, mas agora está voltando ao normal” (Foto: Divulgação)

 

ADESÃO DEVIDO À PANDEMIA

Motivadas pelas paralisações em virtude das medidas preventivas ao contágio do coronavírus, algumas lojas que não possuíam o condicional efetivado aderiram à modalidade. É o caso da Lojas Mix. “Nós fazíamos o condicional dentro da loja. O cliente vinha, escolhia as peças e experimentava em casa. Depois do segundo fechamento das atividades comerciais, até 15 de julho, começamos a entregar as peças direto às pessoas”, menciona a sócia-proprietária, Andreia Neumann.

Segundo ela, as vendas no condicional contribuem ao aumento da venda média na loja. “O fluxo de venda está lento, mas com o condicional conseguimos agregar mais atendimentos. Pretendemos continuar com essa modalidade mesmo quando as coisas normalizarem. Há uma boa quantidade de entregas todos os dias”, expõe.

Questionada sobre a peça mais pedida pelos clientes, ela aponta que todos os itens da loja são igualmente solicitados, sem uma preferência. “O cliente pede por várias razões, comodidade, falta de tempo, ser do grupo de risco e outras motivações”, comenta.

Andreia Neumann, sócia-proprietária da Lojas Mix, que começou a entregar peças no condicional depois da segunda suspensão das atividades comerciais: “Pretendemos continuar com essa modalidade quando as coisas normalizarem” (Foto: O Presente)

 

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