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Marechal

Rondon tem 29 casos confirmados de Aids

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Giuliano De Luca/OP

O medo da população em fazer o teste do HIV, ou melhor, o medo da resposta positiva aparecer, ainda é o grande empecilho para o tratamento da Aids no Brasil. O teste, que leva no máximo 30 minutos, gratuito nos postos de saúde, tem baixa clientela, o que impede que a doença deixe de avançar. Para a chefe de Epidemiologia da Unidade de Saúde 24 Horas em Marechal Cândido Rondon, Vera Claudete Berwigler, esse medo é prejudicial, já que, caso positivo, com acompanhamento desde o início da infecção, é muito provável que, com pouca medicação, o paciente nunca desenvolva a doença e não tenha nenhum sintoma durante toda a vida.

Desde que o atendimento a pessoas com HIV + passou a ser ofertado em Marechal Rondon, há cerca de 20 anos, conforme Vera, 198 pessoas com o vírus passaram pelo setor. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, lembra a enfermeira, a cada um caso notificado, existem outros cinco não notificados. Isso quer dizer que teríamos algo perto de mil casos em Rondon. Desses, pelo menos 800 não sabem que estão contaminados, pontua.

Os números da Aids no Brasil são bastante conflitantes. O Ministério da Saúde diz que na 20ª Regional de Saúde existem 225 casos. Para Vera, os índices estão muito aquém de retratar a realidade. Ela cita como exemplo o caso de Rondon, que aparece como 24 pessoas soropositivo. Em tratamento, hoje temos 29 pacientes. Têm ainda alguns moradores que fazem o tratamento em outras cidades. O número de casos é bem maior do que o oficial, aponta. O grande problema é que as pessoas têm medo ou vergonha de fazer o teste. Aí vivem com o vírus e acabam morrendo, as vezes sem saber, por conta da Aids, frisa a enfermeira. Temos que mudar essa opinião popular, acrescenta.

 

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