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Municípios Mão de obra especializada

20ª Regional: falta de profissionais retarda funcionamento de novos leitos de UTI para Covid-19

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(Foto: Fabio Ulsenheimer)

A ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento da Covid-19 na 20ª Regional de Saúde de Toledo estava acima de 90%, de acordo com os dados atualizados até às 11 horas da última segunda-feira (28). Ao todo, a Regional possui 38 leitos de UTI, com a possibilidade de aumentar mais 14, contudo, tem esbarrado em um problema que atinge as demais Regionais: a falta de mão de obra especializada na área da saúde para contratação.

Em Toledo, a Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp), mantenedora Hospital Bom Jesus, possui a capacidade para atender 24 pacientes com a Covid-19 e 21 pacientes estavam internados até a manhã de ontem (28). Com isso, a taxa de ocupação estava em 87,50%.

Em Assis Chateaubriand, na Associação Hospitalar Beneficente Moacir Micheletto, são 14 leitos de UTI credenciados para o tratamento de pacientes com Covid-19 e todos estavam ocupados no dia 28. No início do mês de dezembro, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou 14 monitores e 14 ventiladores para o município. Os equipamentos irão viabilizar a abertura de 14 novos leitos de UTI no Hospital.

Na época de entrega dos equipamentos, o secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, disse que “os equipamentos fazem parte do conjunto de ações que a Sesa tem realizado diariamente para disponibilizar o maior número de leitos possíveis em todo o Paraná”. No entanto, a Unidade Hospitalar tem encontrado dificuldade para a contratação de profissionais, principalmente técnico de enfermagem.

“Continuamos com essa problemática na contratação de novos profissionais para compor as equipes de atendimento dessa ala”, cita o gerente administrativo do Hospitalar Beneficente Moacir Micheletto, Diego Furlam. “Para que os leitos passem a funcionar precisamos contratar ata, cozinheiro, pois aumenta essa demanda, auxiliar de limpeza, entre outros setores”.

 

FALTA DE PROFISSIONAIS

Furlam reforça que existe projeção orçamentária para as contratações, mas falta mão de obra. “Divulgamos o interesse em contratar em diversos meios, mas não tivemos o retorno esperado. Também fizemos contato com outros municípios, na tentativa de fazer uma espécie de parceria desses profissionais para que os leitos estejam ativos, entretanto, nada foi firmado. Além disso, estamos neste período de fim de ano em que os profissionais também querem passar com seus familiares”, comenta.

O chefe da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Alberi Locatelli, alerta que é preciso que a população tenha consciência da realidade e busca adotar cada vez mais as medidas preventivas da doença. “Enfrentamos um momento que não envolve a falta de respiradores ou estrutura, hoje, temos a falta de profissionais. As pessoas precisam compreender a situação, pois não tem profissionais para compor equipes em todos os lugares. Temos a falta da mão de obra na área da saúde”, alerta.

 

Com Jornal do Oeste

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