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Municípios Impactos da estiagem

“A situação é grave e o prejuízo será bilionário”, diz chefe regional da Seab sobre seca no Oeste

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Chefe da Regional de Toledo da Seab, Paulo Salesse: “Se tivermos uma perda de 50%, cerca de R$ 1,25 bilhão deixa de circular na região. É uma fortuna que não vai aparecer na nossa economia e vai refletir muito” (Foto: Divulgação)

Crítica. É assim que o chefe da Regional de Toledo da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Paulo Salesse, caracteriza a atual situação da agricultura na região Oeste. “O clima está prejudicando muito a cultura e muitas lavouras estão em situação crítica. Por enquanto, estamos um pouco cautelosos nos números das perdas, porque temos esperança que chova. A soja é uma cultura muito valente e com a chuva ela se refaz. Na sexta-feira passada (17), estimávamos média de 35% de perdas na soja, mas sabemos de regiões onde os números são maiores. Nesta semana, municípios como Mercedes, Marechal Rondon e Guaíra passaram de 50% de prejuízo com a soja”, informou ao O Presente.

Ele prevê quebra de 50% na safra de soja. “São cerca de 488 mil hectares de soja na regional com produção inicial estimada em 1,8 milhão de tonelada. Se tivermos uma perda de 50%, cerca de R$ 1,25 bilhão deixa de circular na região. É uma fortuna que não vai aparecer na nossa economia e vai refletir muito. Nós, da Seab, temos consciência de que a situação é grave”, frisa.

 

Subsídios para declaração

Assim como mencionado em matéria do O Presente sobre o assunto, Salesse destaca que a decretação de estado de emergência é interessante ao produtor. “Quem decreta o estado de emergência é a Defesa Civil e a Seab fornece subsídios para a decretação”, explica, emendando que considera os dados suficientes para a declaração em Marechal Cândido Rondon.

Estiagem castigou a cultura da soja e quebra de metade da produção na região vai gerar prejuízo bilionário, estima Seab (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

Preocupação de longa data

A preocupação por parte da Seab considera também a produção dos últimos anos na regional. “Embora tenham vendido a soja e o milho a um preço mais alto recentemente, o insumo estava no preço normal e o produtor teve lucro. Neste ano, até os insumos foram comprados a preços elevados. A margem não está positiva devido a esse custo alto inicial. Isso é mais um fator negativo. Vemos há três anos uma produção de soja não tão cheia. Marechal Rondon até questionou a sua produção, porque é um município que tem visto a produção diminuir nos últimos anos”, salienta.

 

O Presente

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