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Cresce número de incêndios registrados em áreas protegidas de Itaipu em 2022

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Foto: Reprodução RPC

O número de incêndios registrados em áreas protegidas de Itaipu teve aumento em 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a hidroelétrica nesta quarta-feira (9). Somente em janeiro, 9 focos de queimadas foram registrados em áreas de floresta que fazem parte do reservatório de Itaipu. Em 2021, foram 38 registros no decorrer de todo o ano.

Em imagens áreas, é possível ver um dos focos na cidade de Marechal Cândido Rondon. A área queimando é uma ilha que fica próxima à prainha da cidade.

Segundo o coordenador da brigada florestal de Itaipu, Luis Cesar Rodrigues da Silva, no ano passado nenhuma ocorrência foi registrada em janeiro. A falta de chuvas no período pode ser o motivo.

“Janeiro é um mês mais tranquilo, chove de forma mais recorrentes. Mas ultimamente a chuva tem sido escassa. [sic] A falta de chuva é o preponderante, quanto menos precipitação e a temperatura alta também a vegetação vai secando e o material combustível vai ficando favorável pra ocorrência de incêndio, ai basta ter alguém que ateie fogo e o resto fica por conta da natureza”, afirma Silva.

O coordenador explica que a brigada atua em uma área de 34 mil hectares na fronteira com o Paraguai, que se estende por 15 municípios do Paraná e um em Mato Grosso do Sul. Cerca de 58 brigadistas se dividem para proteger toda região.

O Paraná vive a seca mais severa dos últimos 91 anos, segundo o governo do estado. A região oeste, onde fica o reservatório, é uma das mais afetadas.

Ainda assim, a brigada acredita, que além da seca, os incêndios tem influência humana. Muitos focos teriam início com fogueiras feitas por pescadores que invadem locais onde o acesso de pessoas é proibido.

“O impacto ambiental, perda de biodiversidade, é uma Área de Proteção Ambiental. Tem a questão da fragilidade do solo, depois as consequências, tem a questão de erosão, tudo isso acaba direcionando detritos para o reservatório, contribuindo para reduzir a vida útil do reservatório. Uma área queimada é um prejuízo, é difícil de você retornar, pensando que às vezes ali foi feito um trabalho de 30, 40 anos, e depois você tem que começar tudo do zero pra reflorestar”, explica Silva.
Outra preocupação com os incêndios é que o fogo pode danificar as linhas e torres de transmissão e prejudicar o fornecimento de energia elétrica.

“Sempre é um risco alto. Sempre quando afeta a linha de transmissão a gente trabalha com o nível mais alto de risco, e aí a gente se esforça para trabalhar o mais rápido possível. Então, toda essa combinação de esforço resulta para que até hoje não tenha sido preciso desligar a linha”, finaliza Silva.

 

Com G1

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