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Estudo prevê 4ª onda de Covid-19 em Curitiba com número de mortos quatro vezes maior até o fim de março

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(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Curitiba pode registrar entre 80 e 90 mortes por dia até o fim de março. O número é quatro vezes maior as 20 mortes registradas no município nesta terça-feira, 9 de março. A previsão é de sem medidas restritivas mais rígidas, com isolamento social por exemplo, que a capital paranaense passe por uma quarta onda de Covid-19. O cenário é apontado por especialistas em uma Nota Técnica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Os cientistas são os mesmo que previram o caos registrado em Manaus.

O documento reporta as conclusões de estudo adotando o modelo SEIR (Susceptíveis-Expostos-Infectados-Recuperados). Este modelo estatístico computacional constitui ferramenta primária para estudos epidemiológicos de resposta à Covid 19 em nível global. Os modelos SEIR têm predito com precisão o aumento de casos, internações, óbitos e a ocorrência de novas ondas no Brasil, a exemplo da segunda onda em Manaus. O texto alerta que “a negligência em ignorar estes resultados têm representado um alto custo de perda de vidas.”

Curitiba teve duas ondas de Covid 19 em 2020, com picos de mais de 20 óbitos diários. A primeira onda teve seu auge em agosto e a segunda, em dezembro. A partir do final de fevereiro de 2021 ocorreu um aumento explosivo no número de casos e o modelo estatístico computacional SEIR projetou a curva de óbitos para 80 diários no final de março/início de abril. O modelo SEIR prevê ainda que, com o agravante de não termos ainda um plano efetivo de vacinação, uma quarta onda de COVID-19 se forme a partir de julho.

O estudo cita o caso de Manaus como um alerta para os efeitos desastrosos de ignorar recomendações técnicas epidemiológicas. “O Brasil já possui exemplos claros que mostram as trágicas consequências de se negligenciar a aplicação de isolamento social e propiciar um retorno precoce das atividades não essenciais e aulas presenciais. A cidade de Manaus foi a primeira capital do Brasil a flexibilizar a abertura do comércio e retomar as aulas presenciais, ignorando recomendações técnicas que previam um aumento de casos. Após três semanas do retorno presencial do ensino fundamental, o número de casos de Covid 19 no município dobrou, resultando na segunda onda”, diz a Nota.

Embora a maioria das vítimas fatais por Covid-19 sejam a de adultos, segundo o estudo, nas crianças a carga viral é equivalente aos adultos, os tornando transmissores de pais, avós, professores e funcionários. O retorno das atividades escolares potencializaria a contaminação de 500 pessoas, afirmam os pesquisadores.

A Nota Técnica Avaliação da Pandemia de Covid 19 em Curitiba no Estado do Paraná, Necessidade de Lockdown e Medidas Mais Restritivas foi elaborada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Impa), a pedido do Núcleo Sindical Curitiba Sul da APP. O Impa faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

 

Com Bem Paraná e assessorias

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