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Itaipu está alerta para possíveis alagamentos abaixo da barragem; entenda

Cerca de 75 casas que podem ser afetadas pelas cheias do Rio Paraná

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(Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional)

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, acionou a Comissão Especial de Cheias (CEC) desde quarta-feira (15) para monitorar a situação hidrológica do Rio Paraná abaixo da usina.

De acordo com a empresa, o motivo são as chuvas recentes que caem ao longo da bacia do rio. Em cidades do Noroeste do Paraná, prainhas de água doce desapareceram após as águas do rio subirem mais de três metros.

Na manhã de sexta-feira (17), o Rio Paraná estava com 108,92 metros acima do nível do mar na estação hidrométrica da Ponte da Amizade.

O valor corresponde ao estado de “primeiras inundações” a jusante – ou seja, abaixo – da usina, o que afeta infraestruturas e instalações do bairro San Rafael, em Ciudad del Este, no Paraguai.

Segundo dados fornecidos pela Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos da Itaipu, a tendência é de elevação do nível do rio. Ainda assim, neste momento, não há risco de as cheias atingirem estruturas na margem brasileira do Rio Paraná, em Foz do Iguaçu.

Desde 14 de janeiro a hidrelétrica abriu as comportas de um vertedouro para controlar o nível do reservatório e manter a segurança da barragem da usina.

De acordo com o gerente do Departamento de Operações do Sistema da usina, Rodrigo Pimenta, o escoamento é necessário para liberar o excesso de água.

“Os dados recentes apontam que a vazão que está chegando aqui não era observada desde janeiro de 2018, o que significa 65% acima da média histórica da fluência da Itaipu. Com isso houve a necessidade de a gente elevar a vazão defluente [liberada], e, por isso, aumentar a vazão do nosso vertedouro. A consequência disso é a elevação do nível a jusante do Rio Paraná”, explica.

Na manhã de sexta-feira, o vertedouro registrou o fluxo de 8 milhões de litros de água por segundo. O fluxo é superior ao considerado normal nas Cataratas do Iguaçu, que é de 1,5 milhão de litros por segundo.

Ainda conforme Pimenta, há possibilidade de mais uma calha ser aberta a depender da carga registrada ao longo do feriado de Carnaval. Se isso acontecer, mais áreas poderão ser alagadas no lado paraguaio.

A Itaipu orienta que informações sobre o nível do Rio Paraná a jusante da Itaipu podem ser encontradas no Boletim Hidrológico, publicado diariamente no site institucional de Itaipu.

A Itaipu Binacional iniciou na manhã de sexta um plano de atendimento às famílias ribeirinhas do bairro San Rafael, em Ciudad del Este, no Paraguai.

De acordo com a empresa, são cerca de 75 casas que podem ser afetadas pelas cheias do Rio Paraná.

O objetivo, segundo a Itaipu, é prestar o suporte necessário às famílias e garantir a transferência delas para abrigos seguros.

A empresa afirmou que pretende estabelecer canais de comunicação para manter contato com os atingidos. A ideia, conforme Itaipu, é repassar informações sobre os níveis de inundação e quais as ações que deverão ser tomadas.

Com G1

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