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Municípios 28 de junho

Justiça decide que suspeito de matar jovem em briga de trânsito em Cascavel vai a júri popular

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(Foto: Reprodução/Catve)

A Justiça decidiu, nesta quarta-feira (11), que Elias Pires, de 54 anos, irá a júri popular. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pela morte do jovem Aílson Ortiz, de 22 anos, após uma briga de trânsito, em Cascavel.

Segundo a Justiça, o júri foi marcado para 28 de junho. O crime aconteceu em 24 de março, em via pública.

Pires será julgado por homicídio duplamente qualificado: por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima. Ele também deve responder por porte ilegal de arma de fogo.

Em audiência nesta quarta, foram ouvidas oito testemunhas de defesa e também de acusação, além do réu.

Para o MP-PR, o crime foi cometido por motivo fútil, por causa de uma discussão banal. Na denúncia, o MP destacou que Pires continuou atirando contra Ortiz mesmo após o jovem cair no chão.

A defesa do acusado disse que vai demonstrar que a vítima provocou a discussão. Sobre o porte de arma, reforçou que o acusado tinha autorização para uso.

 

O caso

O crime aconteceu em 24 de março, em via pública, em uma rua movimentada de Casvavel. Após atirar contra o jovem, Pires fugiu. Imagens mostram o momento do crime, precedido por uma discussão.

O então suspeito se apresentou à delegacia dias depois para prestar depoimento. Desde então, ele está preso preventivamente. O caso corre em segredo de justiça.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que o jovem e o atirador discutem. Nas imagens, é possível ver que Ortiz caminha em direção ao motorista, gesticulando com as mãos.

Em seguida, o rapaz dá um soco em Pires, que rapidamente saca a arma e efetua os disparos. Na sequência, o atirador embarca em um carro com uma mulher e foge.

Duas pessoas, que preferem não ser identificadas, relataram como o crime aconteceu em entrevista à RPC.

Uma delas conta que tentou conversar com o homem e, também, que pediu para que ele não atirasse no jovem, mas foi ameaçada pelo suspeito.

“Eu pedi pra ele ‘senhor, não mata não, não mata não’. Aí ele falou ‘vai sobrar pra você também’. Aí eu corri pra dentro (casa). Acabou as balas, senão ele atirava, eu acho, ele ia me atirar. Pensei de correr em cima, segurar ele, mas daí falei não vou fazer isso”, descreve a testemunha.

Outra pessoa, que passava pelo local, disse que os dois estavam discutindo possivelmente porque um fechou o outro no trânsito.

“Eu vi que eles estavam discutindo. O menino que faleceu aqui foi dar um soco no senhor, o senhor puxou uma pistola e atirou nele à queima-roupa, foi o que eu vi. Depois eu, tipo assim, me assustei e não vi mais nada. […] Só sei que foi uma fechada de trânsito. Acho que às vezes ele pode ter fechado o menino aqui e o menino não gostou, foi pra cima dele, foi uma discussão, daí ele pegou a pistola e atirou à queima-roupa”.

 

Com g1
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