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Municípios Usuária de álcool

Mulher que vive em situação de rua e é suspeita de matar outra a facadas foi atendida 138 vezes por assistência social de Cascavel

Crime foi registrado no sábado (8). Suspeita foi presa em flagrante pela polícia e deve responder por homicídio

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Marli Bonifácio Cibulski estava em um ponto de ônibus aguardando a condução após comprar pizzas, quando foi esfaqueada (Foto: Reprodução/RPC)

A mulher que vive em situação de rua e é suspeita de matar outra a facadas em Cascavel, foi atendida 138 vezes pela Secretaria de Assistência Social da cidade desde 2014, de acordo com o secretário da pasta, Hudson Moreschi.

“Ela tem registro de atendimento pelo setor social desde 2014, são mais de 138 intervenções técnicas realizadas pela nossa equipe, seja pela abordagem social ou mesmo o acolhimento, onde fizemos todos os serviços possíveis para que essa pessoa possa sair do risco de morar nas ruas. Inclusive encaminhando para tratamento da saúde mental e onde é feito tratamento para uso de droga e álcool que é o caso dessa pessoa acusada de cometer esse crime, que era usuária crônica de álcool”, afirmou o secretário em entrevista à reportagem.

O crime aconteceu no sábado (08). De acordo a delegada de Polícia Civil Mariana Vieira, a vítima Marli Bonifácio Cibulski estava em um ponto de ônibus aguardando a condução após comprar pizzas, quando foi surpreendida pela suspeita.

A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital, segundo a Polícia Militar (PM).

A reportagem tenta contato com a defesa da suspeita que não teve nome divulgado pela polícia.

Testemunhas afirmaram que a mulher em situação de rua aparentava estar alterada no momento do crime. Ela foi presa em flagrante e encaminhada para a delegacia, ouvida e liberada na sequência.

No domingo (09), foi expedido um mandado de prisão e a acusada foi presa novamente.

Cerca de 400 pessoas vivem em situação de rua em Cascavel, segundo Moreschi.

Ele afirmou que no caso da suspeita pelo crime, houve internamentos recentes, mas que ele teve um recaída no tratamento contra o uso de álcool e voltou para as ruas.

Depoimento da suspeita

Conforme a delegada, a mulher suspeita pelo crime foi ouvida no domingo após a prisão preventiva. Ela afirmou à polícia que golpeou Marli porque há alguns anos a vítima teria agredido um filho dela.

Porém, segundo a delegada, a versão dada pela suspeita é desconexa e até o momento a investigação apontou que as duas mulheres não se conheciam antes dos fatos.

“A versão que ela (suspeita) apresentou sobre o porquê de ter dado os golpes na senhora Marli, foi de que lá no passado dona Marli teria agredido um de seus quatro filhos. Mas é uma versão bastante desconexa, uma confusão e nós não encontramos nenhum indício de que essa suposta autora e a vítima se conhecessem. A investigação mostra até então que elas não se conheciam”, afirmou a delegada.

Nesta segunda-feira (10) familiares e amigos participam do velório de Marli.

Um amiga da família, Marizete Pegoraro, afirmou que a família está muito abalada e que a perda é uma “tragédia”.

“É muito difícil, é uma tragédia realmente. Uma família de um coração enorme, que ajuda a comunidade, pessoas do bem e acontecer isso a gente fica sem ação. […] Seu Antônio (marido da vítima) está muito triste com a forma com que aconteceu. Se fosse perder por doença, mas nessa tragédia a esposa saiu para comprar pizza. […] Vai ser difícil digerir isso”, disse Marizete.

A Polícia Civil informou que nesta semana irá ouvir outras testemunhas para esclarecer todos os fatos.

Com G1

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