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Pais são indiciados por negligência após morte de bebê de 40 dias em Guaíra, informa polícia

Criança deu entrada em UPA e depois foi transferida para HU de Cascavel, onde morreu

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(Foto: José Fernando Ogura/AEN)

A Delegacia de Polícia Civil de Guaíra, indiciou por negligência os pais de uma bebê de 40 dias que morreu após dar entrada no Hospital Universitário (HU) de Cascavel, com lesões pelo corpo, em 19 de maio deste ano.

Conforme o delegado de Polícia Civil Magno Miranda, ao dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Guaíra, no dia 14 de maio, com lesões pelo corpo, a família afirmou que a criança teria sofrido uma queda.

Após a transferência ao HU de Cascavel e posterior morte da vítima, a mãe mudou a versão. Ela afirmou à polícia que estava passando por problemas psicológicos e que, em decorrência deles, acabou ferindo a filha.

“Ela confessou que estaria com problemas psicológicos, depressivos, em decorrência desses problemas, em ataque de fúria, de raiva, não com o bebê, mas com a situação em que estava, acabou na tentativa de esticar os braços da criança, segurando com força, que ocasionou na fratura no braço e na tíbia também”, destacou o delegado.

Para a polícia, não é possível comprovar que os pais tenham tentado matar a criança, no entanto, a demora para buscar atendimento médico, no entendimento da polícia, causou a morte da bebê.

“Não podemos afirmar que a morte foi intencional, porém, de acordo com a situação da criança, a sua condição de saúde exigia atitudes mais enérgicas e efetivas dos pais para levar essa criança ao hospital. […] Mesmo sabendo que a criança não estava bem, negligenciaram e ouve demora para encaminhar essa criança e salvar a vida dela no hospital”, destacou o delegado.

Conforme a polícia, foram ouvidas diversas testemunhas e também foi analisado o celular dos envolvidos.

“Então assim, por essa negligência a polícia concluiu, em tese, o crime de lesão corporal, seguida de morte, porque os pais como cuidadores dela, tinham que ter uma atitude positiva para salvar a filha”, afirmou Magno.

O caso foi repassado ao Ministério Público e a Justiça. Os pais respondem em liberdade.

Se acusados e condenados, os pais podem pegar pena de quatro a 12 anos de prisão.

Com G1

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