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Paraná

Com 773 escolas ocupadas, Inep pode suspender Enem no Paraná

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será suspenso em todo o Paraná, caso as escolas não sejam desocupadas até o dia 31 de outubro, de acordo com o ministro da educação, Mendonça Filho e a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) Maria Inês Fini.

As provas estão marcadas para acontecer em todo o Brasil nos dias 05 e 06 de novembro e, no Paraná, só deve acontecer após a desocupação. O estado tem 773 escolas, 12 universidades e quatro núcleos de educação ocupados por estudantes que protestam contra a reforma no ensino médio, proposta pelo presidente Michel Temer.

A secretária da Educação, Ana Seres, falou em entrevista à BandNews Curitiba, nesta quarta-feira (19), que os alunos já são prejudicados pela falta de aulas.  Nas escolas ocupadas não tem como realizar o Enem. Ou nós teremos que procurar outros espaços ou até, eventualmente, cancelar. Cancelar não é o nosso propósito. Técnicos e mestres estão estudando para não prejudicar ainda mais os alunos, afirmou.

O Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação, responsável pela realização da prova, afirma que o exame será mantido nos dias 5 e 6 de novembro para os outros estados do País. O cartão de confirmação do Enem com o local de prova de cada candidato foi liberado hoje pelo Inep, por meio do site do instituto. O aluno precisa do CPF e da senha criada no momento da inscrição para ter acesso ao cartão.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de ciências humanas e ciências da natureza. No domingo, serão os exames de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e redação.

Mudanças na educação

Os estudantes se opõem à Medida Provisória 746/2016, que prevê a reestruturação do ensino médio. Os estudantes afirmam, entre outros pontos, que as escolas paranaenses não têm estrutura para oferecer o ensino integral e são contra o fim da obrigatoriedade de disciplinas como educação física e filosofia duas das mudanças previstas pela medida. Os jovens ainda reclama da forma como a mudança foi feita através de uma Medida Provisória e sem diálogo com a sociedade, segundo eles.

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