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Paraná Economia

Em audiência com indústrias paranaenses, Paulo Guedes apresenta prioridades da Política Econômica

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Ministro recebeu a diretoria da Fiep, pediu apoio à Reforma da Previdência, afirmou que pretende realizar uma abertura comercial ampla e gradual (Foto: Gelson Bampi)

A diretoria da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) foi recebida, na quarta-feira (13), em Brasília, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Aos industriais, o ministro pediu apoio na mobilização pela Reforma da Previdência, apresentou os principais direcionamentos da política econômica do novo governo e abriu um canal de diálogo para que os empresários apresentem suas demandas às diferentes secretarias do ministério, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios do país.

Antes do início da audiência, a pedido do presidente da Fiep, Edson Campagnolo, Guedes gravou um vídeo em que destacou a importância da aprovação da Reforma da Previdência. “É um prazer estar aqui com os industriais do Paraná. O Paraná é um estado forte, sempre presente, atuante, os industriais do Paraná da mesma forma. Nós sabemos da importância para o Brasil dessa Reforma da Previdência. Nós vamos criar mais crescimento, a reforma vai reduzir privilégios e, da mesma forma, o ritmo de crescimento do país vai aumentar”, afirmou. Além disso, afirmou que outro objetivo do governo é reduzir os encargos que pesam sobre a contratação de trabalhadores. “Lá na frente, nós vamos derrubar os encargos trabalhistas, o Brasil vai crescer, vai retomar o crescimento sustentado. Nós estamos muito otimistas e contamos com o apoio de todos vocês”, finalizou.

 

Prioridades e abertura comercial

Durante o encontro com os empresários que compõem a diretoria da Fiep, representantes de diversos setores industriais paranaenses, Paulo Guedes apresentou as principais linhas da política econômica do atual governo. Segundo o ministro, a prioridade inicial é a redução dos gastos públicos. Para isso, a principal medida é a Reforma da Previdência. Em seguida, será implantado um programa de privatizações, com os recursos obtidos sendo utilizados para também reduzir a dívida pública e, por consequência, os juros que são pagos para administrá-la. Além disso, o ministro afirmou que será realizada uma Reforma do Estado, com a meta de cortar 21 mil cargos comissionados nos diferentes órgãos governamentais.

Guedes declarou que, após o equilíbrio das contas públicas, o país terá condições de avançar em uma Reforma Tributária, que possibilite uma simplificação no sistema de impostos e redução de alíquotas. “Se a gente baixar os impostos, todos pagam”, disse. Segundo ele, a meta é fazer com que, em longo prazo, a carga tributária do país corresponda a aproximadamente 20% do PIB – hoje, esse percentual é de 45%.

Ainda de acordo com o ministro, ao se criar esse melhor ambiente para os negócios, o país poderá avançar em um processo de abertura comercial. “Pode a oitava maior economia do mundo ser uma das piores para se fazer negócios e uma das mais fechadas do mundo?”, questionou. “Vai ser uma abertura ampla, mas gradual”, garantiu, acrescentando que essa abertura total talvez ainda não ocorra até o fim dos quatro anos de governo.

Por fim, Guedes afirmou que conta com a colaboração dos industriais para indicar os principais gargalos que, hoje, impedem um maior desenvolvimento de cada setor. Segundo ele, o governo está aberto a receber e buscar soluções para essas demandas. “Não somos autoridades, somos servidores públicos, e temos que ouvir o que está acontecendo no país”, disse. No fim da reunião, pediu para que os empresários já indicassem algumas das demandas prioritárias e colocou sua equipe à disposição para aprofundar a discussão em relação a elas.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, afirmou ter saído da audiência com Guedes esperançoso. “Estamos no começo de um governo que tem transmitido a intenção de fazer a abertura da economia e as reformas. Saímos altamente surpreendidos pela objetividade com que o ministro Paulo Guedes nos informou como vai conduzir todas essas reformas”, declarou. “Ele disse que o Brasil precisa ser colocado na rota das grandes economias mundiais e que pretende conduzir isso com muita responsabilidade. Não vai deixar que esse empresário que há muitos anos está preso com bolas de ferro em seus pés seja engolido por um competidor de outro país, mas vai dar condições para que o empreendedor brasileiro possa competir com os concorrentes internacionais”, explicou.

 

Com assessoria 

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