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Paraná

Funcionários dos Correios paralisam atividades por 48 horas no Paraná

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Sintcom-PR / Divulgação

Em Cascavel, categoria calcula que 20% dos funcionários aderiram

Funcionários dos Correios do Paraná decidiram, na noite de ontem (17), paralisar as atividades por 48 horas. As assembleias dos trabalhadores ocorreram em Curitiba, Londrina, Cascavel, Ponta Grossa, Maringá e Foz do Iguaçu e novas reuniões estão previstas para hoje (18). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), na pauta do protesto estão temas nacionais e estaduais.

“O ponto principal não é ainda a campanha salarial, mas a manutenção do emprego. O último concurso público dos Correios foi em 2011, então há uma defasagem muito grande de trabalhadores, afirmou ao G1 o diretor do Sintcom-PR Wilson Dombroski. A categoria não sabia estimar a adesão ao protesto até as 10h15 desta quarta.

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, algumas unidades do interior do estado foram bloqueadas pelos trabalhadores. No entanto, conforme a empresa, estes bloqueios não prejudicam nenhuma operação. Na capital, todas as agências funcionam normalmente. A empresa ainda não havia calculado o número de servidores que não foram ao trabalho nesta quarta.

Pauta

Dentre os temas locais, a categoria pede a volta do adicional dos Operadores de Triagem e Transbordo (OTTs) que trabalham em Centros de Distribuição Domiciliária (CDDs); o fim da sobrecarga de trabalho; resolução de problema de climatização do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) de Londrina; a contratação de trabalhadores para os CDDs; contra descredenciamentos do Postal Saúde; pela entrega no período da manhã em todo o estado.

O movimento estadual ainda pede porta giratória e segurança armado em todas as agências dos Correios; fim do contrato temporário; fim do pagamento das multas do Sedex pelos carteiros; e não pagamento da reciclagem decorrente de multas de trânsito, bem como o fim da atribuição dos pontos na carteira dos trabalhadores.

Já a pauta nacional pede cumprimento de cláusulas do acordo coletivo da categoria, como a que prevê que os Correios se responsabilizem pelo salário do trabalhadore afastado no período em que o INSS ainda não houve assumido o pagamento; o pagamento de seguro de vida para carteiro e atendente; e a manutenção de direitos previstos no plano de saúde. Os trabalhadores se manifestam ainda contrários à CorreiosPar S.A, e pedem a volta dos Correios Saúde.

Efetivo mínimo

Conforme os Correios, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que as duas entidades que representam os trabalhadores – Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e Federação Interestadual de Sindicatos de Trabalhadores dos Correios (Findect) -, mantenham efetivo mínimo de 80% em cada uma das unidades localizadas nas bases de atuação, como também se abstenham de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal em todas as unidades localizadas nas suas bases territoriais.

O descumprimento da medida prevê multa diária de R$ 100 mil.

Interior

Em Cascavel, no oeste do estado, um grupo se reuniu em frente à agência central dos Correios, na Avenida Souza Naves. No local, o atendimento ao público está sendo feito por apenas um funcionário. A categoria calcula que a adesão ao movimento é de cerca de 20% na cidade. Em outros municípios como Palotina e Terra Roxa, também no oeste, a paralisação é total. Em Foz do Iguaçu, a adesão é de 30% do efetivo, com o setor de entrega sendo o mais afetado.

Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, em Guarapuava, na região central, e em Maringá e Londrina, no norte, e Paranavaí, noroeste, não houve adesão de trabalhadores, segundo os Correios.

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