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Paraná Nova onda de Covid

Internamentos em UTIs aumentam 84% no Paraná e disparam nas faixas entre 31 e 60 anos

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(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Dados da Secretaria de Estado de Saúde confirmam um aumento de internamentos de pacientes de Covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos últimos quatro meses no Paraná. Neste período, as internações aumentaram 84%, passando de 1016 em novembro para 1872 no mês de fevereiro. Houve também uma mudança clara no perfil dos internados, com crescimento expressivo principalmente entre os mais ‘jovens”, entre 31 e 60 anos, revelando que as novas cepas do coronavírus atingem em cheio faixas etárias que antes eram consideradas “mais seguras”.

Nos últimos quatro meses, os internamentos de contaminados entre 31 e 40 anos triplicaram, passando de 42 para 129. Nos casos do doentes entre 51 e 60 anos, os internamentos mais que dobraram, passando de 168 para 361; entre os pacientes entre 41 e 50 anos, as hospitalizações de paranaenses também mais que dobraram, passando de 93 em novembro para 208 em fevereiro.

O secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, e o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Vinícius Filipak, têm repetido nos últimos dias que as novas cepas, mais virulentas e com agravamento mais rápido, também aumentaram o tempo de internação do pacientes, passando da média de 11 para 14 dias, o que aumenta ainda mais a pressão sobre o sistema de saúde. “É a maior emergência da história moderna da saúde pública mundial. É a maior ocupação na história da pandemia no Paraná. Nunca tivemos tantos pacientes internados e a taxa de mortalidade aumentou. Mesmo que tivéssemos leitos infinitos, 10% das pessoas (infectadas) terão que internar e 25% delas irão a óbito”, alertou Filipak.

Novas cepas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou na semana passada que há no Paraná e em várias regiões do País variantes do novo coronavírus em plena circulação. No Estado, segundo o estudo, 70,4% das 216 amostras de RT-PCR com grande carga viral enviadas para a instituição estão relacionadas à variante P1, identificada no Amazonas. O novo protocolo, desenvolvido pela Fiocruz Amazônia, foi utilizado nas unidades de apoio ao diagnóstico para avaliação de cerca de mil amostras nos estados de Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A avaliação contou com o apoio do Ministério da Saúde. O protocolo detecta a mutação comum em três das variantes: P1, identificada inicialmente no Amazonas; B.1.1.7, no Reino Unido; e B.1.351, na África do Sul. Segundo o estudo, no entanto, há indicativos de que a prevalência que está sendo observada nos estados esteja associada à P1, uma vez que as outras duas variantes não têm sido detectadas de forma expressiva no Brasil.

 

PERFIL ETÁRIO DOS INTERNAMENTOS EM UTI POR COVID-19

Faixa etária

Julho/20

Novembro/20

Fevereiro/21

Variação em 3 meses

Casos

% do total

Casos

% do total

Casos

% do total

variação de nov/20 a fev/21

0-10

0

0,0%

1

0,1%

1

0,1%

0%

11-20

7

0,6%

8

0,8%

7

0,4%

-12,50%

21-30

21

1,9%

20

2,0%

34

1,8%

70,00%

31-40

53

4,7%

42

4,1%

129

6,9%

207,14%

41-50

91

8,1%

93

9,2%

208

11,1%

123,66%

51-60

192

17,1%

168

16,5%

361

19,3%

114,88%

61-70

277

24,6%

258

25,4%

481

25,7%

86,43%

71-80

284

25,2%

248

24,4%

413

22,1%

66,53%

81-90

165

14,7%

159

15,6%

211

11,3%

32,70%

91 e acima

35

3,1%

19

1,9%

27

1,4%

42,11%

TOTAL

1125

100%

1016

100%

1872

100%

84,25%

Fonte: Sistema Estadual de Regulação 02/03/2021

 

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