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Paraná 11 anos após crime

Mãe de Rachel Genofre desabafa sobre identificação de suspeito: “Não acreditava mais”

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Foto: Djalma Malaquias/Banda B

Maria Cristina Lobo Oliveira, de 38 anos, nunca desistiu de lutar para que a filha não fosse esquecida. No dia 05 de novembro de 2008, Rachel Genofre foi encontrada morta dentro de uma mala na Rodoviária de Curitiba. Nesta semana, 11 anos após o crime, a Polícia Civil encontrou o principal suspeito graças ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, que interliga dados de todas as polícias do Brasil. O homem apontado como autor está preso desde 2016 e tem uma grande lista de delitos. Na época do crime, ele morava na Rua Alferes Poli, a 750 metros de distância de onde a menina estudava.
Em entrevista, Maria Cristina disse que chegou a não acreditar mais que o assassinato fosse solucionado. “Eu achava que não fossem encontrá-lo, mas eu nunca desisti de lutar”, afirmou. “Esse novo capítulo representou para mim uma nova confiança na polícia, coisa que eu já não tinha mais. Não achava que poderia ser solucionado, justamente por ter passado tanto tempo”, declarou.
A mãe também ressaltou a importância do programa interligado para que fosse encontrado o responsável. Graças a esse software, o Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo, através da coleta dos dados genéticos do acusado, percebeu que Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, era compatível geneticamente com o estuprador de Rachel. “Acho extremamente positivo. Essa possibilidade de o banco de dados realmente funcionar pode ajudar a solucionar outros crimes. Espero que esse seja só o começo”, relatou.
Maria Cristina também agradeceu todo o apoio recebido pela sociedade curitibana durante mais de uma década. “Eu não me senti sozinha em momento algum. Agradeço a população pelo apoio a mim e aos meus familiares. A força que me passaram é muito grande”, disse.
Em 2019, Rachel Genofre completaria 20 anos. A mãe pede agora que a justiça seja feita pela filha. “A falta dela é o que mais me dói. Precisamos que ele seja julgado e que a justiça funcione. Sei que em um eventual julgamento precisarei ficar na mesma sala que ele, sempre tive pavor disso. Mas vou continuar lutando até o fim”, acrescentou.

(Banda B)

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