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Postagem de professora que recebeu atividade em branco de aluna viraliza: “Vou fazer com você quando retornarmos”, diz

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(Foto: Divulgação/Facebook)

A postagem de uma professora que recebeu uma atividade em branco de uma aluna viralizou nas redes sociais na terça-feira (18). A estudante, que está no 5º ano de uma escola municipal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, disse que não conseguiu realizar a atividade remota porque ninguém quis fazer com ela.

(Foto: Reprodução/Facebook)

“Meu amor, vou fazer com você quando retornarmos! Prometo! Se cuide, minha flor”, escreveu a professora Rosiani Machado.

Um dia após a postagem, a foto da atividade com a mensagem da professora tinha mais de 10 mil compartilhamentos.

Os 24 mil alunos da rede municipal da cidade estão com atividades não-presenciais desde março por causa da pandemia do novo coronavírus.

A professora disse que essa foi a primeira vez, desde o início da pandemia, que ela recebeu uma atividade em branco com essa justificativa.

“Me tocou muito. Eu comecei a chorar e só queria abraçar essa criança, confortá-la diante desse cenário que estamos vivendo”, disse.

De acordo com a prefeitura, não há previsão de retorno às aulas presenciais. “Eu falei que vou fazer com ela, mas não sei quando vou poder cumprir, mas eu prometi”, afirmou a professora.

A atividade proposta por Rosiani que não foi preenchida pela aluna era um jogo da velha.

“São atividades que dependem da interação com outras pessoas, mas nem sempre os familiares levam a sério ou conseguem se envolver com os estudos das crianças neste momento”, disse.

 

CENÁRIO DESAFIADOR

Em São José dos Pinhais, os pais ou responsáveis buscam atividades pedagógicas a cada 15 dias nas escolas para levar para casa.

Segundo Rosiani, que é professora de Educação Física, o período da pandemia tem sido desafiador para manter o ensino de maneira remota.

“Muitos pais e responsáveis não entendem que o desenvolvimento motor é muito importante para o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Estou tendo que estudar e pesquisar muito para encontrar alternativas que envolvam todos eles”, afirmou.

 

Com G1

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