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Paraná

Professores em greve há mais de 40 dias fazem assembleia hoje

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Professores do Paraná se reúnem na Vila Capanema para definir o rumo da greve no estado

Professores e funcionários da rede pública de ensino do Paraná, em greve há mais de 40 dias, vão se reunir em assembleia nesta terça-feira (09), em Curitiba, para decidir o rumo da paralisação. O encontro, marcado para esta manhã no Estádio da Vila Capanema, ocorre um dia depois de o governo estadual enviar a nova proposta de reajuste à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). São esperados 15 mil servidores para a assembleia.

O reajuste salarial é um dos principais entraves entre o governo e a categoria. Desde o início, a categoria pede aumento de 8,17%, por conta da reposição da inflação.

Após uma série de desacertos, parlamentares da base e da oposição elaboraram uma proposta que paga 3,45% de aumento em parcela única, no mês de outubro, e estabelece um calendário de reajustes para os anos seguintes.

Anteriormente, o presidente da Alep, Ademar Traiano (PSDB), já havia afirmado que só colocaria em votação qualquer proposta depois que os servidores que estão com atividades paralisadas decidissem pelo fim da greve.

Além do reajuste, os servidores querem que os dias de falta durante a greve não sejam descontados. Na segunda-feira (08), em reunião entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) e da Secretaria de Educação, o governo se comprometeu a não descontar as faltas dos meses de maio e junho, desde que haja reposição das aulas e compensação da carga horária dos funcionários.

Sobre as faltas de abril, que já foram lançadas, o governo afirmou que irá reembolsá-las a partir do momento em que forem entregues os relatórios mensais de frequência, e forem homologados os calendários das unidades escolares. Esta é a segunda paralisação da categoria, a primeira aconteceu em fevereiro.

Com a greve, iniciada no dia 25 de abril, quase um milhão de alunos estão sem aula. Um dos fatos mais marcantes desta paralisação aconteceu no dia 29 de abril, quando a Polícia Militar (PM) entrou em confronto com grevistas e outros manifestantes, que protestavam em frente à Alep, deixando mais de 200 pessoas feridas. É segunda paralisação da categoria neste ano, a primeira aconteceu em fevereiro.

Proposta de reajuste
Esta foi a segunda proposta elaborada na Assembleia Legislativa para solucionar o impasse entre governo e servidores. Na primeira versão, o objetivo era que o governo pagasse 3,45% do reajuste no mês de outubro, e os 4,72% restantes em dezembro zerando assim as perdas inflacionárias do período (8,17%). O governador, porém, rejeitou a proposta.

No novo texto, que será agora analisado pelos servidores, o pagamento de 3,45% é referente à inflação entre os meses de maio, quando vence a data-base da categoria, a dezembro de 2014. Em janeiro de 2016, os servidores devem receber um novo aumento, com a inflação acumulada em 2015, mais um ponto percentual. A mesma medida deve ser tomada em janeiro de 2017.

Em maio de 2017, os servidores ainda devem receber um novo reajuste, em relação ao primeiro quadrimestre do ano. Já em 2018, a data-base voltará para o mês de maio, quando será paga a inflação acumulada no último período.

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