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Paraná

Professores ocupam sede da Secretaria de Estado da Educação em Curitiba

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Luiz Fernando Rodrigues / APP-Sindicato

Cerca de 200 de professores da rede estadual de ensino decidiram manter uma ocupação na sede da Secretaria de Estado da Educação (Seed), no bairro Água Verde, em Curitiba. A sede da Secretaria foi ocupada por volta das 9h desta quinta-feira (26).

Após uma reunião com secretária, Ana Seres Comin, os professores decidiram permanecer até que haja uma resposta efetiva. A categoria alega que o governo se nega a negociar desde semana passada.

Nenhum avanço na reunião com a secretaria de educação Ana Seres. A proposta da SEED é de que os professores deixem o prédio para que ela tente reabrir a negociação com o governo, diz em nota a APP-Sindicato, que representa a categoria.

O grupo formado por membros da direção do sindicato e representantes de 29 Núcleos Regionais de Educação do Paraná protesta contra alterações na distribuição das aulas e na hora-atividade anunciadas na semana passada pelo governo do Estado.

Os professores querem revogar os pontos que prejudicam os trabalhadores como a redução da hora-atividade e a punição a professores que ficaram doentes no ano passado.

Após uma reunião no sindicato no início da manhã, os profissionais decidiram seguir para a Secretaria e iniciar uma ocupação.

 

Reunião

Uma comitiva da Seed, incluindo a secretária Ana Seres, se reuniu com os manifestantes por volta das 10 horas. Segundo a assessoria, Ana Seres se comprometeu a levar as reivindicações à Comissão de Política Salarial do governo do Paraná. Apesar disso, não há previsão para desocupação do prédio.

De acordo com a assessoria da Seed, os funcionários do prédio estão trabalhando normalmente, mesmo com a presença dos professores nas galerias. Cerca de 500 pessoas trabalham no prédio.

 

Ocupação

De acordo com a diretora da APP-Sindicato Elizamara Goulart Araújo, a ocupação deve permanecer até que o governo revogue a resolução que altera a relação de trabalho.

Estamos aqui com objetivo de que a resolução 113/2017 seja revogada. O governo nos obrigou a tomar uma medida extrema, afirma.

Nessa quarta-feira (25), a APP-Sindicato protocolou ofício endereçado à secretária, registrando contrariedade a diversos itens da resolução. A entidade pede revogação de sete pontos.

 

Alterações

Com as mudanças propostas pelo governo, a cada 20 aulas distribuídas, cinco serão de hora-atividade, que é carga horária dedicada a atividades pedagógicas, como preparação das aulas e correção de provas.

Para a APP, a hora-atividade cairia dos 33% obrigatórios por lei para 25%.

Professores que somaram 30 dias ou mais de afastamento por qualquer motivo nos últimos três meses vão enfrentar restrições.

Os professores estatutários nessas condições não vão poder assumir aulas extraordinárias.

Os professores temporários não vão poder renovar contratos do Processo Seletivo Simplificado. As medidas foram comunicadas à APP Sindicato na noite da última segunda-feira (17), em uma reunião convocada pelo governo do estado.

Possibilidade de greve

No dia 11 de fevereiro, antes do início do ano letivo, será realizada uma assembleia geral, em Maringá, em que os professores vão definir quais ações serão tomadas para reverter essa situação. Paralisações não estão descartadas.

Por meio de nota, a Chefia da Casa Civil afirmou na sexta-feira (20) que o governo sempre esteve com as portas abertas para dialogar com os professores. Basta que seja definido o dia e o horário para o encontro. No entanto, até o presente momento, nenhum contato ou pedido de agenda para uma reunião foi feito à Chefia da Casa Civil.

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