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Policial Números positivos

Acidentes de trânsito reduzem 21% este ano em Marechal Rondon

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Motociclistas representam 75% dos atendimentos. Seja moto ou veículo, 95% dos acidentes que mobilizam a equipe do Siate têm ao menos uma vítima (Foto: Joni Lang/OP)

Os casos envolvendo acidentes de trânsito reduziram 21,39% no município de Marechal Cândido Rondon de 1º de janeiro a 31 de maio deste ano quando comparado ao mesmo período do ano passado, tendo recuado de 201 ocorrências nos cinco primeiros meses de 2019 para 158 de janeiro a maio de 2020. Os números fornecidos pelo Corpo de Bombeiros abrangem tanto a sede municipal como os distritos do interior.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Marechal Rondon, capitão Tiago Zajac, a avaliação dos primeiros meses do ano é positiva. “Essa redução no número de acidentes ocorre devido aos reflexos da pandemia do coronavírus, pois as ruas e estradas têm menos pessoas e veículos circulando”, comenta, expondo que a redução nos acidentes na análise de um ano para outro deve ser enaltecida, isso porque houve aumento de 21,82% nos acidentes na comparação de 2019 com 2018.

Zajac menciona que o Corpo de Bombeiros, por meio do Serviço de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), é acionado para se dirigir a todas as ocorrências. “Atendemos todas as demandas, no entanto há casos em que a pessoa prefere não ser atendida. Contudo, mesmo assim, nossa equipe faz o registro”, expõe, acrescentando que em 95% dos acidentes há feridos. “As vezes pedimos apoio da PM (Polícia Militar) para sinalizar o trânsito, enquanto há situações em que a PM nos avisa de acidentes com vítimas. O nosso objetivo é sempre preservar as vidas”, destaca.

 

Comandante do Corpo de Bombeiros, capitão Tiago Zajac: “Essa redução ocorre devido aos reflexos da pandemia, pois as ruas e estradas têm menos pessoas e veículos circulando” (Foto: Joni Lang/OP)

 

FERIDOS

Apesar do índice positivo na redução de acidentes na análise dos cinco primeiros meses deste ano com igual período de 2019, Zajac pontua que “75% dos acidentes envolvem motociclistas, geralmente ocasionados por imprudência, uso incorreto do capacete (jugular aberta) e falta de respeito às normas de trânsito”.

Outro dado negativo, menciona ele, é um óbito registrado este ano em decorrência de acidente. No dia 05 de fevereiro, uma senhora de 80 anos foi atropelada por uma motocicleta esportiva que trafegava em alta velocidade na Avenida Írio Jacob Welp, na sede rondonense. Ela faleceu ao ser encaminhada para atendimento hospitalar. O motociclista caiu e derrapou 150 metros na avenida e também recebeu atendimento médico. Ele chegou a ser preso, mas foi solto e deve responder pelo caso.

“No caso de acidentes com óbito nós fazemos o registro quando a vítima falece no local. O registro não é nosso, mas, sim, do hospital, quando transportamos a vítima de acidente e essa pessoa falece no hospital”, explica o comandante do Corpo de Bombeiros. “Além das reduções no número de acidentes, precisamos destacar que isso ocorre por vários fatores. Tivemos grande melhora no trânsito rondonense de 2017 em diante devido às readequações. Depois o número estabilizou até aumentar ano passado, o que pode ser entendido pois à medida que o povo tem conhecimento do local isso transmite sensação de segurança e faz com que deixe de tomar certos cuidados e novos acidentes ocorrem”, analisa.

 

Comandante da 2ª Cia da PM, tenente Daniel Zambon: “Lamentamos que praticamente todos os acidentes ocorrem por falha humana, seja alta velocidade ou outros fatores” (Foto: Joni Lang/OP)

 

CONSIDERÁVEL

O comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar (PM) com sede em Marechal Rondon, tenente Daniel Zambon, aponta redução de 35% no número de acidentes de janeiro a maio deste ano diante dos cinco primeiros meses do ano passado, dessa vez válidos exclusivamente à sede municipal. “Registramos 79 acidentes neste ano contra 122 de janeiro a maio do ano passado. Já em 2018 foram 127 ocorrências. A diminuição é considerável neste ano em relação ao anterior”, frisa.

Para ele, é difícil assegurar um motivo para a redução considerável de acidentes neste ano quando comparado com 2019. “Certamente a pandemia do coronavírus é um dos fatores, pois as pessoas foram orientadas a ficarem mais em casa, ou seja, a menor circulação de veículos reduz o risco e reverte em menos acidentes”, considera, emendando: “É preciso destacar a melhoria da sinalização por parte do município, o que também contribui para números positivos, bem como aos poucos o trânsito pesado migra ao anel viário. Porém, lamentamos que praticamente todos os acidentes ocorrem por falha humana, seja alta velocidade ou outros fatores”.

De acordo com Zambon, a suspensão das aulas presenciais devido ao coronavírus também é preponderante nesta redução. “Há menos veículos, poucos ônibus e as crianças estão em casa, enquanto todas as outras atividades retornaram. Então isso reflete nos índices”, expõe. O tenente enfatiza que a PM orienta e fiscaliza o trânsito, multa e recolhe veículos, com o intuito de manter a vida das pessoas, depois a integridade física delas e por fim o bem material.

“Seja em número de feridos, intensidade leve à alta, ou mortes muitas vezes os acidentes são precedidos de alguma infração, seja o consumo de álcool, desrespeito ao limite de velocidade ou desatenção. Segundo nossas estatísticas, a Avenida Maripá domina o número de acidentes, com 19 ocorrências atendidas pela PM. Depois vem a Avenida Rio Grande do Sul, com 14, Rua Santa Catarina com nove e Avenida Írio Jacob Welp com sete acidentes”, detalha o comandante.

 

Secretário de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa: “Vamos intensificar a sinalização, verificar a situação, fechar retornos e promover melhorias para diminuir e, se possível, cessar pontos de acidentes” (Foto: Joni Lang/OP)

 

MAIO AMARELO

O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa, lembra que a campanha Maio Amarelo, que tem como foco a conscientização no trânsito, foi atípica este ano devido à pandemia. “Todavia, mantemos a preocupação em relação à sinalização, diminuição de acidentes e, especialmente, preservação de vidas. A diretora da Secretaria, Adriane Kappes, criou grupo para compartilhar orientações. Não houve reuniões e nem blitz, mas vejo que o fato de chamar atenção ao Maio Amarelo já é válido e trouxe benefícios. A pandemia vai passar e ano que vem vamos retomar a campanha com muita força”, pontua.

Rosa enaltece que na sede rondonense cerca de 80% dos acidentes são causados por falhas humanas. “Imperícia, negligência, excesso de velocidade, uso de celular, desrespeito à sinalização. Daí a importância de campanhas educativas”, frisa. “Em 2016 foram nove mortes no trânsito rondonense, enquanto neste ano houve uma morte nessas condições na sede, então reduzimos 90% a fatalidade no trânsito, mas queremos diminuir para 100%. Desejamos apresentar que passamos um ano sem óbito no trânsito”, menciona.

O secretário avalia que as diminuições de acidentes e de pessoas feridas se devem a inúmeros fatores. “O trânsito no município é de dupla responsabilidade. A administração sinaliza e assim instalamos mais de três mil placas de sinalização nesses três anos, já o Governo do Estado, via PM, fiscaliza o trânsito. Com isso, busca-se diminuir acidentes”, expõe, ampliando: “Consideramos uma redução sensível nos números que preocupam a Secretaria, principalmente que causam lesões, como atropelamentos e envolvendo ciclistas. Temos parceria muito boa com a PM e o Corpo de Bombeiros, que passam os principais locais de acidentes na cidade e a partir daí nós trabalhamos na melhoria da sinalização. Isso traz resultados positivos”.

O secretário diz que a Avenida Rio Grande do Sul era a campeã de acidentes e com o que foi feito em termos de engenharia de tráfego, fechamento retornos, implantação de rotatórias e fechamento de cruzamentos foi possível diminuir sensivelmente as ocorrências no local. “Hoje a PM relata migração à Avenida Maripá como principal ponto de acidentes. Vamos intensificar a sinalização, verificar a situação, fechar retornos e promover melhorias para diminuir e, se possível, cessar pontos de acidentes”, salienta.

Ele enaltece que a atual administração fez uma rotatória por ano, além de ter consertado as rotatórias construídas pela administração passada. “Elas (antigas) eram desrespeitadas por serem de taxões, então colocamos alvenaria e hoje os veículos que trafegam respeitam esses locais. As rotatórias que construímos desde 2017 vêm nesse modelo e surtem efeitos positivos, contribuindo à segurança no trânsito”, analisa.

 

(Foto: Arte/OP)

 

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