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Policial

Major rebate denúncia contra policiais do BPFron

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Divulgação/O Paraná
Imagens divulgadas ontem mostram o motorista da carreta conversando com dois homens em um Meriva, que teria sido usado na fuga

O major Erich Osternack, comandante do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), classificou a notícia divulgada ontem (08) como leviana e irresponsável. De acordo com ele, a matéria generaliza e denigre a imagem da Polícia Militar, do BPFron e não apresenta prova alguma do envolvimento de policiais do Batalhão com o tráfico de drogas e contrabando de agrotóxicos.

As informações divulgadas pelo jornal sugerem que policiais cooperaram com o tráfico em pelo menos uma ação, durante uma apreensão de maconha e agrotóxicos há 11 dias (28 de setembro) em Marechal Cândido Rondon. As informações de uma fonte que o jornal preservou chegaram também ao Gaeco – força tarefa formada por policiais civis, militares e também pelo Ministério Público -, que passa a investigar o caso.

A Corregedoria da Polícia Militar também recebeu cópias dos documentos e abriu investigação.

Osternack explica que o BPFron também abriu investigação, antes mesmo de receber documentos do Gaeco, para apurar o que houve no dia 28, embora a linha de raciocínio do Batalhão de Fronteira seja outra. A corporação acredita em erro de procedimento durante a abordagem ao motorista da carreta, que transportava 65 quilos de maconha e 182 quilos de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai.

“Nossos policiais foram acionados para averiguar uma carreta suspeita, no interior de Marechal, próximo ao Clube Lira. Chegando lá, conversaram com o motorista, que não esboçou reação típica de contrabandistas e traficantes. Ele conversou normalmente com os policiais, que iniciaram a averiguação. Ao cometer um erro de procedimento, baixaram a guarda e facilitaram a fuga do indivíduo”, argumenta Osternack.

O Batalhão entende que, para acobertar o erro de procedimento, os policiais criaram um falso boletim de ocorrência. No documento, a equipe que atuou na apreensão da carga relatou que o motorista do caminhão havia fugido com a Meriva no momento da abordagem, antes de a polícia começar a averiguar a carga. O que de fato é desmentido pelas imagens cedidas ao Gaeco.

“Queremos saber o que de fato aconteceu. Acredito que foi um erro de procedimento, que é passível de punição. Caso a falta técnica seja confirmada, eles (policiais envolvidos na ação) serão punidos no rigor da lei. Caso as investigações apontem para a conivência com o tráfico, também serão punidos”, frisa.

“Não estamos querendo acobertar policiais. Inclusive estamos dispostos a ajudar nas investigações oferecendo ao Gaeco documentos para acompanhar o Inquérito Policial Militar (instaurado pelo BPFron). Não queremos gerar dúvidas, por isso estamos trabalhando com todas as alternativas”, revela o major.

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