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Ossada encontrada seria de parente da esposa de Lula

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Delegado Erico Saconato acompanhou o caso desde 2006. Ele diz que os corpos dos mineiros já foram sepultados (Foto: Arquivo/OP)

O boato de que a ossada de um sobrinho da primeira-dama Marisa Let iacute;cia Lula da Silva havia sido encontrada no Paraguai deixou a comunidade da regi atilde;o, especialmente de Gua iacute;ra, curiosa. Embora o boato seja novo, a not iacute;cia j aacute; n atilde;o eacute; t atilde;o recente. Na realidade, pelas informa ccedil; otilde;es recebidas pela Pol iacute;cia Federal (PF) de Gua iacute;ra, trata-se da ossada de uma pessoa que seria parente de parentes da primeira-dama. Nilton Assis, 52 anos, e Jean Carlos Costa, 34 anos, de Varginha (MG), desapareceram em 26 de junho de 2006, em Salto del Guair aacute;, no Paraguai, onde teriam ido fazer compras. As ossadas deles foram encontradas no final de 2008, por eacute;m, a confirma ccedil; atilde;o de que se tratava mesmo dos mineiros s oacute; ocorreu no final do ano passado. No m ecirc;s de fevereiro passado os corpos foram enterrados em Varginha. Um deles seria parente de parentes da primeira-dama.

Hist oacute;ria
Quando os mineiros desapareceram, em 2006, um delegado da PF veio em especial, acompanhado de uma equipe, para a fronteira encontrar os brasileiros. A aten ccedil; atilde;o dada ao desaparecimento causou estranheza nas autoridades de Gua iacute;ra. A informa ccedil; atilde;o que a pol iacute;cia teve eacute; de que a primeira-dama teria recebido uma carta de seus parentes de Minas Gerais, pedindo aten ccedil; atilde;o nas investiga ccedil; otilde;es sobre o desaparecimento dos brasileiros. A Casa Civil ent atilde;o, devido ao pedido feito agrave; Marisa, teria intermediado junto agrave;s autoridades para que fosse dada aten ccedil; atilde;o especial ao caso. Por eacute;m, a equipe que veio agrave; fronteira n atilde;o encontrou os brasileiros.

Achado
No final de 2008, o delegado Eacute;rico Saconato, da Pol iacute;cia Federal de Gua iacute;ra, recebeu a informa ccedil; atilde;o da Itaipu de que, durante limpeza numa reserva ambiental em Maracaj uacute;, na entrada de Salto del Gua iacute;ra, haviam sido encontradas duas ossadas. O policial imediatamente ligou as informa ccedil; otilde;es e presumiu que poderiam ser os mineiros. A PF ent atilde;o fez fotos dos pertences que estavam com as ossadas. Pelas imagens, a fam iacute;lia de Varginha reconheceu os pertences como sendo de Nilton Assis e Jean Carlos Costa, por eacute;m ainda n atilde;o havia prova de que, realmente, se tratava dos mineiros desaparecidos. A pol iacute;cia ent atilde;o solicitou uma exuma ccedil; atilde;o, feita no in iacute;cio do ano passado. Foi apurado que os mineiros haviam sido mortos com tiros na cabe ccedil;a. As ossadas ficaram na Fiscalia, no Paraguai. Duas mand iacute;bulas foram retiradas e mandadas para o Instituto Nacional de Criminal iacute;stica, em Bras iacute;lia, para exame de DNA. Ap oacute;s v aacute;rios exames, o Instituto confirmou, no final do ano passado, que as ossadas eram de Nilton e Jean. Ap oacute;s, foi necess aacute;rio todo um procedimento burocr aacute;tico para libera ccedil; atilde;o das ossadas. Somente em fevereiro desse ano eacute; que houve o sepultamento dos mineiros. nbsp;

Desaparecimento
Nilton e Jean viajaram para o Paraguai no dia 15 de junho de 2006. Eles entraram pela Ponte da Amizade, fizeram compras e seguiram para Salto del Guair aacute;, para fazer mais compras. Os dois foram vistos pela uacute;ltima vez em um shopping de Salto, fazendo contato com um taxista. Jean viajava toda semana para o Paraguai h aacute; mais de dez anos. Ele comprava material de pesca para vender na regi atilde;o do Sul de Minas Gerais. Nilton, por sua vez, comprava computadores no pa iacute;s vizinho h aacute; 20 anos.

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