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Policiais suspeitos de ligação com o tráfico se entregam

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Três policiais que trabalharam no Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e que eram considerados foragidos pela polícia se entregaram à Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo na manhã desta terça-feira (30). Daniel Bazzan, Sílvio César Videira e Leonel Rodrigues Santos eram procurados desde o dia 15.

Nessa data, a corregedoria e o Ministério Público de São Paulo fizeram uma operação conjunta para prender policiais suspeitos de ligação com o narcotráfico. Eles se entregaram juntos, às 6 horas. A Justiça havia decretado a prisão deles e de mais dez policiais por suspeita de envolvimento com o narcotráfico.

Investigação
Os policiais são investigados pela Promotoria por suspeita de vender e vazar informações privilegiadas de operações de combate ao tráfico para criminosos ligados à facção que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Pelo esquema, teriam recebido mais de R$ 500 mil por ano como propina para evitar a prisão dos bandidos. De acordo com a investigação, quando o pagamento atrasava, os policiais achacavam ou sequestravam os traficantes e seus familiares.

As escutas telefônicas mostram a relação dos acusados com traficantes ligados a um dos criminosos mais perigosos do país: Wanderson de Lima, o Andinho. De dentro da penitenciária de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, Andinho comanda o tráfico na região de Campinas.

Andinho foi condenado pelo assassinato do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, em 2001. O bandido também participou de uma dezena de sequestros. O último foi o das irmãs Rosana e Sônia, em Americana, interior de São Paulo, em 2002. Andinho foi condenado a mais de 400 anos de prisão.

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