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Quase 70% das delegacias paranaenses estão superlotadas

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Das 241 cadeias do Paraná, pelo menos 68% delas apresentam superlotação. O levantamento foi feito pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju) e divulgado pelo site G1. Segundo a secretária de Estado da Justiça do Paraná, Maria Tereza Gomes, o excesso de presos atualmente está concentrado nas delegacias de Polícia Civil.

Dentre os motivos está o tempo que se leva para o preso ser transferido para uma casa de custódia e depois para uma penitenciária. Ainda de acordo com a secretária, o problema se estende há mais de 40 anos. Atualmente, a situação mais crítica está concentrada em grandes centros como Londrina, Maringá, Curitiba e Região Metropolitana.

Os presos levados para as delegacias devem ficar, no máximo, entre dez e quinze dias, até que os delegados consigam apresentar o inquérito para a Justiça. Contudo, em alguns casos, os detentos chegam a ficar mais de um ano.

Segundo a Seju, o mapa carcerário do estado aponta para uma população total de 28.014 presos. Deste total, 18.073 detentos, entre homens e mulheres, estão recolhidos em penitenciárias, colônias penais e casas de custódia sob a responsabilidade da Seju e 9.941 permanecem recolhidos nas delegacias, sob a responsabilidade da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR).

O levantamento da Seju aponta ainda para várias ações na tentativa de reduzir o acúmulo de presos nas delegacias, entre elas os mutirões carcerários, que são realizados desde junho de 2011. De lá para cá foram realizados 23 mutirões com 27.161 processos analisados e 10.599 pedidos de benefícios julgados.

Destes, 8.062 foram deferidos e mais de 5.282 detentos receberam alvarás de soltura. Destes últimos, mais da metade já tinham cumprido a pena, mas permaneciam presos. Mesmo com as ações, que apontam para uma redução no número de presos de 67% entre dezembro de 2010 e agosto de 2013, o levantamento feito pela Seju ainda destaca para um excesso de detentos nas delegacias de 3.869.

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