Política Eleições 2022
Deputados bolsonaristas do Paraná comandam comissão da PEC do voto impresso
Dois deputados federais bolsonaristas paranaenses integram a cúpula da comissão especial instalada na semana passada pela Câmara Federal para a analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que institui o voto impresso nas eleições brasileiras, uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O deputado Paulo Eduardo Martins (PSC) foi eleito presidente do colegiado, e nomeou o também paranaense Filipe Barros (PSL) como relator. A comissão tem ainda os deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS) como primeiro vice-presidente; Guilherme Derrite (PP-SP) como segundo; Darci de Matos (PSD-SC) como terceiro.
A PEC de autoria da também bolsonarista deputada Bia Kicis (PSL-DF), torna obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria.
“É um tema que diz respeito à legitimidade do mandatário”, disse presidente da comissão. “É preciso que o brasileiro, o mais simples que for, tenha confiança em seu processo eleitoral. A desconfiança no processo eleitoral já resultou em uma revolução em 1930. Ninguém quer isso”, alegou.
“Em tempos em que as instituições são colocadas à prova, dar credibilidade ao processo eleitoral é fundamental para a democracia”, defendeu Martins. “É mentira que queremos a volta das cédulas de papel. O que se quer é garantir que a urna eletrônica emita um comprovante para que seja possível uma auditoria futura, sem risco ao sigilo do voto”, explicou.
“É importante desmistificar o tema. Aquelas pessoas que, por ventura, perderam ou não concordam, quando apresentam motivos plausíveis, possuem instrumentos de auditagem dos votos. Não possuímos isso no nosso país. Não podemos afirmar que houve ou não fraude por não ter essa possibilidade”, argumentou Barros.
Defesa – O presidente Jair Bolsonaro tem defendido insistentemente o voto impresso, alegando que o sistema eletrônico de votações favoreceria fraudes. Bolsonaro, porém, nunca apresentou provas dessas supostas fraudes. “Se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição”, afirmou ele em live nas redes sociais no último dia 6.
Com Bem Paraná/Blog Política em Debate
