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Política

Ex-ministro Paulo Bernardo deve depor à Justiça como testemunha

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Antonio Augusto/Câmara dos Deputados

O ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo deverá depor como testemunha de defesa do diretor-presidente da UTC, Ricardo Pessoa, à Justiça Federal. Pessoa responde pela acusação de ser líder do clube de empreiteiras que fraudava licitações da Petrobras, e está preso em Curitiba desde a deflagração da sétima etapa da Operação Lava Jato.

 

A audiência está marcada para o dia 05 de março na Justiça Federal em Curitiba, às 11 horas, quando também devem ser ouvidas outras testemunhas de defesa. Este juízo tem muitas dúvidas acerca da pertinência em ouvir o ex-Ministro. De todo modo, apenas para evitar alegações de cerceamento de Defesa, intime-se referida testemunha para que compareça a este Juízo, afirmou o juiz Sergio Moro no despacho.

Lava Jato

O pedido de oitiva de Paulo Bernardo havia sido feito quando foi apresentada a defesa prévia do acusado trâmite processual que antecede as audiências. No entanto, o juiz Sergio Moro havia pedido mais explicações sobre a convocação, para evitar que as testemunhas fossem arroladas “com propósitos meramente abonatórios” e sem conhecimentos de “fatos relevantes para o julgamento”.

Além de Bernardo, a defesa de Pessoa queria ainda como testemunhas os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP), Paulinho da Força (SD-SP), Jutahy Junior (PSDB-BA), Jorge Tadeu Mutalen (DEM-SP) e Arnaldo Jardim (PPS-SP), além do ministro da Defesa Jacques Wagner.

O juiz negou estes pedidos alegando que a defesa tornou a não fornecer justificativa para as convocações. Moro concedeu, no entanto, novo prazo para que as razões sejam apresentadas. “Não se trata aqui de exigir que a Defesa adiante sua tese, mas pelo menos, a fim de não comprometer o tempo útil deste Juízo e das referidas autoridades públicas, que pelo menos esclareça se elas tem ou não conhecimento relevantes sobre os fatos que constituem o objeto da impuração”, sustenta Moro.

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