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Política

O destino em suas mãos

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Jornal O Presente

No domingo (02), mais de 37 mil eleitores rondonenses devem ir às urnas para decidir o futuro do município pelos próximos quatro anos. Apesar de estarem tão próximos de escolherem e conhecerem o próximo chefe do Poder Executivo Municipal, há quem ainda não tenha decidido seu voto.

Nesta campanha Marechal Cândido Rondon conta com seis candidatos a prefeito. Por isso, o Jornal O Presente conversou com quatro candidatos a prefeito para que cada um avaliasse os 45 dias de campanha – levando em conta as mudanças na legislação eleitoral – e ressaltasse suas principais propostas caso eleitos. Confira.

 

Ito Rannov, candidato a prefeito pelo PROS:

Este ano foi atípico, de muitas mudanças nas campanhas, e Marechal Cândido Rondon, além dessas mudanças também sentiu a presença de mais candidatos. Até então polarizado sempre por dois grupos que vêm se revezando no poder há mais de 28 anos, nesse ano ter seis candidatos mexeu bastante com a população. E nós, do PROS, ficamos muito felizes em poder participar desse processo com essas novas regras impostas. A nossa campanha foi enxuta e tivemos a possibilidade de trabalhar com as propostas do partido e que foram muito bem aceitas. A aceitação do nosso plano de governo foi muito boa e importante, porque as pessoas enxergam em um projeto novo e sem coligações a saída das grandes crises no Brasil, e tudo começa no município. A nossa proposta é municipalista e pretendemos, por meio de um choque de gestão, fazer economia com cortes significativos nos comissionados da prefeitura, reorganizar secretarias, cargos de alta direção, mas sem trazer prejuízo ao trabalho que vai ser oferecido efetivamente ao munícipe. Neste sentido, a nossa proposta foi muito viável e temos agora a confirmação do teste final no domingo, quando o eleitor rondonense poderá escolher entre os seis projetos o melhor apresentado, e aqui eu faço um convite a todos para que olhem justamente os projetos, e não as pessoas, os candidatos em si, mas principalmente as coligações. Eu vejo que nas coligações – e por isso que sou contrário às grandes coligações partidárias – pode ter o melhor prefeito eleito, mas estando coligado não vai administrar. Quem vai gerir são os partidos e, na nossa história, temos visto que isso não dá mais certo. Peço aos rondonenses para que façam uma reflexão, principalmente sobre essa última semana de campanha, quando dois grupos novamente tentaram polarizar o pleito, dizendo que vote nesse porque o outro não tem capacidade para administrar, sendo que não foi feita nenhuma pesquisa dizendo que os dois estão na frente. O rondonense precisa fazer essa análise porque são dois grupos que, na verdade, ao longo da história não apresentaram nada de novo, não vimos nenhuma novidade para Marechal Cândido Rondon ou nomes novos, são nomes que já estiveram lado a lado. Nós queremos ser a diferença, um choque de gestão em que o rondonense é o alvo de tudo isso para melhorias. Temos propostas em todos os setores e já demonstramos isso como presidente da Câmara de Vereadores, onde reduzimos em R$ 4 milhões o custo da folha de pagamento em quatro anos e queremos fazer isso agora na prefeitura, mas na ordem de R$ 40 milhões. Isso é possível quando você não tem obrigações com partidos, e sim com a sociedade.

Maicon Palagano, candidato a prefeito pelo PSOL:

O tempo é curto para correr toda a cidade, mas com relações as demais alterações (minirreforma eleitoral) são muito positivas porque na prática reduzem parte daqueles esquemas de corrupção que iniciam no processo eleitoral com base no financiamento de campanha. A Operação Lava Jato demonstrou alguns dos esquemas que ocorriam onde, por exemplo, candidatos eram financiados por construtoras e depois pagavam obras superfaturadas na administração pública. Essas alterações que tiveram, em grande parte pelo STF (Supremo Tribunal Federal), reduziram esse tipo de coisa, que reduziu a corrupção, mas não que tenha acabado. A aceitação da campanha do PSOL está sendo bem positiva especialmente pelo fato de que grande parte da população já tem o conhecimento de que a nossa chapa é a única no município que não tem nenhum partido envolvido nesses esquemas como o da Lava Jato. Nessas eleições, em Marechal Cândido Rondon, quem realmente for contra todo e qualquer esquema de corrupção e quiser uma administração transparente e limpa pode votar no PSOL. Nas demais chapas, todas têm partidos envolvidos na Lava Jato, sob investigação, apesar de que alguns não aparecem tanto, mas todos estão envolvidos. No dia 02 de outubro vai sair uma pesquisa não só eleitoral, como também de percentual da população que realmente é contra todo e qualquer esquema de corrupção, porque uma outra parte às vezes fala eu sou contra a corrupção, mas vota em partido que está com determinadas pessoas envolvidas. Gostaria de pedir o apoio da população para que tenhamos uma mudança real não só no Executivo, mas também no Legislativo, para que tenha pelo menos alguém na Câmara rondonense que fiscalize. A situação ficou muito bem demonstrada que em Marechal Rondon não existe fiscalização real no Poder Legislativo quando vemos que atualmente quem fiscaliza o município é o Ministério Público Estadual e o Gaeco.

 

Wilson Moraes, candidato a prefeito da coligação Vamos Fazer a Diferença (PPS/PSL/PEN):

Entendo que a reforma na Lei Eleitoral veio para ajudar e agora ainda é um laboratório, mas acredito que na próxima eleição para prefeito já vai atingir um nível de conscientização maior do eleitor de que chegou ao fim aquelas barganhas, a troca do voto por favores. Acho que esse está sendo o maior objetivo da nova legislação e entendo que de início ela já teve esse objetivo pelo menos 80% alcançado. A nossa expectativa para domingo são as melhores possíveis até pelo carinho com que as pessoas têm nos recebido, pelo apreço do empresariado que tem nos convidado no dia a dia para fazer reuniões. Fazendo a avaliação dessa campanha com a anterior, quando já fui bem votado individualmente, sendo que na história do município sou a pessoa que mais fez votos sozinho, pela receptividade, pelo carinho das pessoas, pelas informações que nós temos, temos tudo para fechar com bola de ouro. Agradeço a toda comunidade que nos recebeu de braços abertos, a todos os colaboradores que estavam nos ajudando, os meus candidatos a vereadores que foram guerreiros e se empenharam muito, fazendo com que conseguíssemos uma campanha de alto nível, levando informação para conscientizar o eleitor e buscar o voto com consciência, do que realmente precisa para toda população, e não somente para meia dúzia. Por isso nós defendemos a bandeira da saúde. Sabemos que a saúde está passando por dificuldades no Brasil, mas aqui no nosso município ela chegou ao fundo do poço. Nossa bandeira foi a saúde, mas, para deixar bem claro, quando falo de saúde, ela começa pela educação. Pode ter certeza que faremos o maior investimento na história deste município na saúde, começando pela educação.

 

Fernando Limberger, candidato a prefeito da coligação Novo Rondon (PR/PMN/PMB/PHS):

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado essa oportunidade, e a nossa família, aos nossos pais e aos meus filhos que nos acompanharam. Agradecemos a todas as pessoas que nos deram direito de entrar em suas casas e fomos muito bem recebidos. Apesar de algumas decepções, as coisas boas vindas dessa campanha foram muito mais válidas. A quantidade de pessoas que conhecemos e a receptividade. Foi um momento ímpar. Adoramos ter participado desse processo e já saímos vitoriosos indiferente de qualquer resultado porque somos o novo, somos novos na política e ter esse pessoal engajado, os candidatos a vereadores, coordenadores, a nossa equipe, foi muito especial. Temos só a agradecer por todo esse período, porque andar por todo esse município foi muito válido e gratificante. Milhões de brasileiros, entre paranaenses e rondonenses, foram às ruas pedindo um basta, chega dos mesmos, basta de corrupção, e nós sentados vendo isso. Nós falamos: vamos ajudar. E foi escutando o clamor do povo que decidimos nos tornar candidatos, porque ficar em casa reclamando não mudaria nada. A gente queria ser uma oportunidade para a mudança para não ficar nessa alternância de grupo A ou grupo E. Os rondonenses devem votar para quem quer um novo Rondon, uma cidade diferente, um novo jeito de fazer política. Provamos na nossa campanha quem somos, sem agredir ninguém, em todos os debates sempre sorrindo, uma campanha limpa. Tivemos a dificuldade do financeiro de que as empresas não podem mais fazer doação, somente pessoas físicas, mas não são todas que querem doar, então essa dificuldade fez uma campanha de garra, de peleia, de sola de sapato, de suor. Reafirmo a todos os rondonenses que somos a única mudança de fato verdadeira. É importante frisar que, a partir de agora, começam a surgir boatos pelas ruas e eu peço, encarecidamente a todos os rondonenses, que se alguém for até sua casa e disser que desistimos ou que nos aliamos a outros partidos ou pessoas, é mentira. Isso não existe. Eu não terei mais o direito de responder a isso, portanto friso: não acreditem nesses boatos.

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