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Política Reflexão

PSOL encaminha manifesto ao Legislativo rondonense para lembrar o Dia da Consciência Negra

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(Foto: Cristiano Viteck)

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Marechal Cândido Rondon encaminhou manifesto sobre o Dia da Consciência Negra, que aconteceu no dia de ontem, 20 de novembro.

O manifesto foi lido na íntegra na noite de ontem, no espaço das comunicações da mesa diretiva do Legislativo rondonense, e teve o objetivo de promover uma reflexão sobre as desigualdades sociais e o racismo estrutural existente no Brasil, que ainda atinge os negros e negras brasileiros, embora estes representem quase 60% da população do país.

De acordo com o manifesto, os negros e negras no Brasil “fazem parte de uma sociedade ideologicamente comandada por discursos e práticas hegemônicas que enaltecem a liberdade individual, o êxito profissional e a meritocracia, o que contribui para ocultar o verdadeiro caráter de nossa realidade, a de que vivemos numa sociedade autoritária, machista, misógina, violenta e racista”.

Ressalta que “nossa tarefa primeira é reconhecer estas perversidades, que tem na História do Brasil sua explicação, para então resistir e construir, como vem sendo feito”, pelo Psol, no combate ao racismo estrutural e à opressão de grupos vulnerabilizados e marginalizados, lutando em busca de cidadania, de acesso à educação, saúde, moradia e oportunidades de trabalho digno, afirmando e consolidando a identidade negra, assim como o direito a vivenciar e praticar sua cultura nos mais diversos aspectos da vida cotidiana, “apartada dos padrões impostos por uma sociedade capitalista branca”.

O manifesto enfatiza ainda que a escravidão não se constituiu apenas num rentabilíssimo negócio, mas imprimiu marcas profundas na sociedade brasileira, vistas até os dias de hoje. Neste sentido, diz que o racismo é, sobretudo, um processo histórico e político, que continua sendo reproduzido.

O PSOL rondonense mostrou, através do manifesto, cujo conteúdo ficará nos anais da Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon, que é antirracista e acredita que o combate ao racismo se dá através da educação e da visibilidade da identidade étnica, do respeito às religiões, música e arte de matrizes africanas. Também que apenas um dia da consciência negra é pouco, comparado aos anos de segregação e discriminação que não serão reparados de uma hora para a outra, e que são necessárias muita luta e persistência, e, sobretudo, resiliência na busca da tão sonhada equidade racial.

Com assessoria

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