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Requião Filho diz que governo Lula está “acovardado” sobre privatização da Copel

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Requião Filho (PT): “governo Lula está acovardado”. (Foto: Pedro Oliveira/Alep)

Líder da bancada de oposição ao governo Ratinho Jr na Assembleia Legislativa, o deputado Requião Filho (PT) criticou na terça-feira (8), duramente, o governo Lula, por, segundo ele, se manter omisso sobre o processo de privatização da Copel. A oferta pública de ações da companhia está marcada para quinta-feira (10).

Requião Filho disse que os deputados de Oposição na Assembleia e o PT do Paraná estão lutando, em todas as instâncias, para impedir a venda da Copel, mas o governo federal, que de fato possui instrumentos para barrar a privatização, estaria “acovardado”.

“Merece o PT do Paraná e a Oposição ficarem lutando contra estes absurdos, e o governo federal acovardado, calado, silente, e por vezes apoiando? Eu e a Oposição somos contrários à privatização da Copel, da Sanepar, o pedágio, a entrega do Porto, e tantas outras coisas que, em nome da governabilidade, estão sendo entregues. Continuaremos na luta contra a privatização da Copel, denunciando imoralidades, ilegalidades, atropelos, e também cobrando do Governo Federal uma posição digna e mais próxima dos compromissos de campanha”, apontou o parlamentar, que é filho do ex-governador Roberto Requião (PT).

Para deputado, Lula poderia impedir privatização da Copel com “uma canetada”
O deputado destacou que o BNDES, segundo maior acionista da Copel, pode atuar para impedir a privatização. Da mesma forma, o presidente Lula pode revogar um decreto assinado por Bolsonaro, em dezembro de 2022, que viabiliza a privatização, disse, ele, mas nada foi feito até agora.

“No caso Copel, o que me incomoda é que nós elegemos o presidente da República, que tem uma mão forte sobre o BNDES, segundo maior acionista da Copel, mas que continua apoiando a venda da Copel. Mas digamos que o BNDES não pudesse fazer nada, o que não é verdade, o presidente Lula, com uma simples canetada, poderia revogar o decreto do Bolsonaro que trata da concessão onerosa das hidrelétricas, mas não o fez. Fizemos campanha para o presidente Lula, porque ele era contra a privatização de estatais. O discurso é um e a prática é outra”.

“Ministros de Lula fingem que nada acontece”

Para o deputado, chegou a hora de cobrar do Governo Federal uma posição firme e definitiva contra a venda da estatal, uma vez que a privatização “vai aumentar o custo da agricultura, das indústrias, das empresas e as contas de luz das famílias”.

“De que adianta a Oposição recorrer aos tribunais, se os ministros do Governo Lula fingem que nada acontece no Paraná? Fizemos campanha levantando a bandeira contra a privatização das empresas públicas ou fomos simplesmente usados e feitos de bobos? Está na hora de cobrar do Governo Federal, da bancada federal, dos ministros, uma posição firme e uma fala contra a privatização da Copel. Sou líder da Oposição ao governo Ratinho, porque acho abominável seu governo de entrega de empresas públicas à iniciativa privada, acho absurdo o que faz com a educação, mas como posso ser Oposição ao governo Ratinho se o governo federal, que ajudei a eleger e se contrapôs a todas estas bandeiras, agora se cala?”, questionou.

Mandado de segurança

Após a sessão, Requião Filho acompanhou os deputados Arilson Chiorato, Renato Freitas e Professor Lemos, que integram a Frente Parlamentar das Estatais e das Empresas Públicas, para uma agenda no Tribunal de Contas. Ao final da reunião, os parlamentares anunciaram que vão ingressar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça contra a decisão do presidente do TCE, Fernando Guimarães, que suspendeu a decisão do conselheiro Maurício Requião que determinou a suspensão do processo de privatização da Copel.

Com Bem Paraná

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