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Trinta anos depois, “Pantanal” ganha nova versão na TV

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(Foto: Divulgação)

Fonte da maior concentração de fauna das Américas e maior planície alagada do mundo, o Pantanal foi inspiração para a obra escrita há mais de 30 anos por Benedito Ruy Barbosa — a novela fez sucesso na TV Manchete — e que estreia nesta segunda (28) na TV Globo, no horário das nove, em uma nova versão escrita pelo autor Bruno Luperi, com direção artística de Rogério Gomes. A obra é uma saga familiar que tem o amor como fio condutor e a natureza como protagonista.

Do mergulho entre tantas lições, evidentes ou metafóricas, junto à profundidade dos personagens que navegam pelo mar de detalhes que constroem a novela, surge o elo que sela o sucesso histórico da trama. “O Pantanal resgata heróis. É uma característica muito forte da obra do meu avô, que tem um caráter épico e fala sobre valores com personagens fortes e inspiradores”, diz o autor Bruno Luperi. “A novela também tem esse caráter humano, que é o que mais me move, porque gera empatia. Ninguém é perfeito. A possibilidade de se apaixonar e odiar o protagonista e o antagonista é real”.

Como toda adaptação, a história original passa por mudanças e atualizações necessárias para conversarem com uma nova realidade e uma nova geração. As atualizações não se limitam ao texto, mas também às imagens fascinantes do Pantanal que serão atualizadas. “Hoje em dia, temos a tecnologia a nosso favor. Na época, Jayme Monjardim conduziu muito bem a novela, foi ousado, fez um desenho de produção diferente, mesmo com todas as dificuldades. Hoje, as câmeras são menores, temos drones, câmeras para dentro d’água, a qualidade de captação é outra. Você consegue captar imagens do Pantanal de maneira diferente daquela época, quando eles não tinham esses recursos”, diz o diretor artístico Rogério Gomes.

A história

No tronco central dessa jornada, repleta de dramas familiares e conflitos, está a história do velho Joventino e seu filho, José Leôncio. A lida como peão de comitiva os levou para o Pantanal, onde Joventino aprendeu a lição mais importante de sua vida: que a natureza pode mais do que o homem. Nascia, assim, a lenda do maior peão de toda aquela região. O velho Joventino ficou afamado por trazer os bois selvagens, os ditos marruás, no feitiço. Mas desapareceu sem deixar rastros, deixando o filho, José Leôncio, sozinho à espera de seu pai. José Leôncio segue no comando da fazenda e, em uma viagem ao Rio de Janeiro, conhece Madeleine, com quem se casa. Os dois se mudam para o Pantanal onde nasce Jove.

Vinte anos depois, o cenário pantaneiro abriga o encontro entre Jove e Juma, jovem não abre a guarda para ninguém. Apesar da pouca idade, Juma é uma mulher forte, que aprendeu com a mãe a se defender do “bicho homem”, a espécie mais perigosa que pode vir a rondar a tapera onde mora. Também pudera. Foi o bicho homem que levou seu pai, sua mãe e cada um de seus irmãos.
Em cada detalhe deste conto, há um fator comum: a necessidade de aceitar a natureza como ela é.

Quem é quem em ‘PANTANAL’

Fazenda Leôncio

Primeira fase

Joventino Leôncio (Irandhir Santos): Faz seu nome tangendo boiadas pelos sertões deste país. Por onde quer que passe, é tido como o maior entre todos os peões. Com o filho José Leôncio, se estabelece no Pantanal.

José Leôncio (Drico Alves/ Renato Góes/ Marcos Palmeira): Criado no lombo do cavalo de seu pai, Joventino, conhece a vida e é talhado por ela em meio à peonada, simples e bronca, apartado de uma figura feminina desde a morte precoce da mãe. O que a vida furta a ele em carinhos, o pai compensa em valores.

Filó (Leticia Salles/ Dira Paes): Surge grávida de Tadeu na fazenda de José Leôncio, onde passa a viver e trabalhar como empregada. Sempre foi, na verdade, a alma e o coração daquela casa.

Quim (Chico Teixeira): Tem a língua maior que a boca e o olho maior do que a barriga, e por isso é constantemente reprimido por todos ao seu redor.

Tião (Fabio Neppo): Filho da liberdade como todo peão. Por isso se adaptou tão bem à vida pantaneira. Segue a toada de Joventino e a de José Leôncio e é da confiança dos patrões.

Segunda fase (somado aos personagens da primeira fase)

Tadeu (José Loreto): Sujeito muito simples, de poucas palavras e sem grandes ambições na vida, além de aproveitar a jornada. Na infância, troca os estudos pela garupa do padrinho, José Leôncio, e se torna homem tangendo a boiada junto dele.

Tibério (Guito): Homem maduro, é do tempo em que a palavra valia mais que qualquer pedaço de papel. Não à toa, logo que José Leôncio o conhece faz dele capataz da sua fazenda mais preciosa: a do Pantanal.

Trindade (Gabriel Sater): Era violeiro antes de ser peão. E sua sina, como de todo tocador, é seguir o som da viola, e nada mais.

Levi (Leandro Lima): Ávido por conquistar o seu espaço no mundo, vai trabalhar na fazenda de José Leôncio para fazer nome enquanto peão, não por qualquer simpatia ou lealdade que tenha ao patrão.

José Lucas de Nada (Irandhir Santos): Fruto de uma relação fortuita de José Leôncio com uma prostituta, não é batizado “De Nada” por ódio ou rancor, mas por ser, de fato, filho de pai desconhecido. José Lucas nunca ganhou nada de mão beijada.

Ari (Claudio Galvan): É a ponte entre a fazenda do Pantanal e o mundo. De Campo Grande, é ele quem opera o rádio pelo qual as informações vão e vêm até a fazenda de José Leôncio.

Mansão Novaes

Primeira fase

Antero Novaes (Leopoldo Pacheco): Eloquente, educado e sagaz, é um bon-vivant, um tipo tão polido quanto dissimulado. Embora não seja um sujeito íntegro, no sentindo literal da palavra, é honesto.

Mariana Braga Novaes (Selma Egrei): Intuitiva, observadora e perspicaz, é uma verdadeira raposa, capaz de antever onde cada passo irá terminar. Afeita à vida em meio à alta roda, assimila uma personalidade controladora e moralista, sem se tornar hipócrita.

Irma Novaes (Malu Rodrigues/ Camila Morgado): Primogênita da família Novaes, nasce sob os firmes cabrestos impostos pela mãe, sem liberdade para muita coisa além de obedecer. Na juventude, tem um pudor extremo, sempre muito cordata, obediente.

Madeleine Novaes (Bruna Linzmeyer/ Karine Teles): Provocante, subversiva e sensual, arrebata corações por onde passa, e, mesmo com a marcação acirrada da mãe, Mariana, vive rodeada de amigos e pretendentes.

Gustavo (Gabriel Stauffer/ Caco Ciocler): Oriundo de uma tradicional família carioca, casa-se com Madeleine. Mestre em análise comportamental, é o equilíbrio e lucidez que Madeleine tanto carece.

Segunda fase (somado aos personagens da primeira fase)

Jove (Jesuita Barbosa): Inteligente e irreverente, é um jovem que, embora tenha nascido no Pantanal, pode-se dizer um autêntico carioca. Filho de Madeleine e José Leôncio, é levado ainda bebê para o Rio de Janeiro. E é criado achando que o pai morreu.

Nayara (Victoria Rossetti): Jovem, cheia de vida e sem juízo nenhum, está habituada a arrebatar corações por onde passa, quando Jove cruza o seu caminho.

Zaquieu (Silvero Pereira): Mordomo très chic de Mariana, é para lá de alto astral. Talhado a esconder as cicatrizes de uma vida sofrida atrás do seu jeito irreverente de ser.

Tapera

Primeira fase

Gil (Enrique Diaz): Sujeito simples, sem cultura nem modos e com um jeito brando de ser. É um tipo correto, honesto e decente, tendo se tornado um ótimo marido, dedicado à sua Maria Marruá.

Maria Marruá (Juliana Paes): Era Maria antes de se tornar Marruá. Esposa dócil e dedicada, levava uma vida feliz até enterrar cada um dos três filhos que tinha.

Segunda fase

Muda (Bella Campos): Ela vai ao Pantanal em busca do que considera justiça pela morte de seu pai, assassinado por Gil quando ela era bebê.

Juma Marruá (Alanis Guillen): Filha de Gil e Maria Marruá, Juma cresce sob os cuidados da mãe, que a ensina a se defender de tudo e todos. Nasceu e viveu limitada ao pedacinho de terra que era de José Leôncio, mas que seus pais tomaram posse ao desembarcarem no Pantanal. Tal qual a mãe, Juma incorpora Marruá.

Outros moradores do Pantanal

Velho do Rio (Osmar Prado): Ponto de contato entre o mundo físico e espiritual e a síntese de uma consciência ecológica coletiva.

Eugênio (Almir Sater): Condutor de chalana desde que se compreende por gente, ele é uma figura encantada, mítica, uma entidade que abriga aquela planície alagada.
Núcleo Tenório

Tenório (Murilo Benício): Assim como Muda e Maria Marruá, ele vem do Paraná para o Pantanal com um passado que prefere esconder. Fazendeiro, marido de Maria Bruaca e pai de Guta, é um sujeito prático, frio e extremamente racional.

Maria Bruaca (Isabel Teixeira): Maria é mulher feita, madura e maltratada, tanto pela vida quanto pelo marido, Tenório, que a chama de Bruaca, marcando a falta de apreço e respeito que tem pela esposa. Sua relação com a filha, Guta, é seu esteio.

Guta (Julia Dalavia): Filha de Tenório e Maria. Volta de São Paulo, onde formou-se Engenheira Civil, mais livre, forte e independente. É uma mulher à frente do seu tempo, senhora de si.

Alcides (Juliano Cazarré): Por baixo da sua casca grossa e maltratada pela vida, o capataz de Tenório guarda um bom coração. Por isso, luta contra seus instintos para tentar ser um homem decente.

Zefa (Paula Barbosa): Adora cozinhar e cuidar da vida alheia. Bocuda e altiva, vai trabalhar para Tenório por imposição de Maria Bruaca.

Zuleica (Aline Borges): Mãe de três jovens adultos: Marcelo, Renato e Roberto, fruto da duradoura relação com Tenório. Relação, não casamento.

Marcelo (Lucas Leto): Primogênito de Tenório e Zuleica, sempre foi um filho exemplar. Dedicado, inteligente e disciplinado, é o homem da casa na ausência de Tenório.

Renato (Gabriel Santana): Prático, metódico e bem resolvido, é o mais temperamental dos três filhos de Zuleica e Tenório.

Roberto (Caue Campos): Caçula de Zuleica e Tenório. Estudioso, introvertido, inteligente e afeito aos livros, Roberto passaria a vida sentado em uma boa cadeira de balanço lendo sobre qualquer assunto que fosse.

 

Com Bem Paraná

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