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Viveremos uma recessão econômica mundial em 2023?

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No meu último artigo, citei na análise de cenário que poderia haver uma possível recessão mundial em 2023, mas o que é recessão e como ela pode afetar o nosso país e o seu dia a dia?

Primeiramente, preciso dizer que não sou economista, e as informações que apresentarei neste artigo têm apenas um olhar como investidor atento a oportunidades de mercado, buscando opções de investimentos tanto com o mercado em Bull Market, que na tradução livre significa “Mercado do Touro”, quanto no Bear Market, que na tradução livre significa “Mercado do Urso”. Não entendeu os termos? Calma que eu vou lhe explicar.

O Mercado do Touro é uma expressão usada no mercado de bolsas de valor, a fim de definir o período que a bolsa de valor trabalha em sentido de tendência de altas, usando a simbologia do animal “touro”, que bate sempre de baixo para cima. Já o Mercado do Urso é justamente ao contrário. Usando a simbologia do animal “urso”, que bate sempre de cima para baixo, define o período quando as bolsas de valores enfrentam desvalorizações significativas. Em ambas as situações geralmente é uma tendência de períodos de médio a longo prazo, como um a dois anos, porém podem haver situações de períodos mais curtos ou mais longos.

Quando falamos de recessão, então, obviamente seria o período de Mercado do Urso, em que podemos ter um grande período de desvalorizações ou na bolsa de um país ou nas bolsas do mundo todo. Isso já aconteceu várias vezes, e alguns dos acontecimentos mais lembrados da história recente que causaram recessões e/ou fizeram com que muitas ações caíssem foram:

– 1973: crise da OPEP

A origem dessa crise foi o embargo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) à exportação de petróleo, cuja intenção era pressionar pela desocupação do Canal de Suez;

– 1980: crise da dívida dos países latino-americanos

Foi uma sucessão de problemas econômicos que atingiu a América Latina, após a declaração de moratória da dívida externa pelo governo do México, em 1982.

– 1994: crise dos mercados emergentes

Foi provocada pela falta de reservas internacionais, causando desvalorização do peso, durante os primeiros dias da presidência de Ernesto Zedillo, no México. Mais conhecida também como Efeito Tequila.

– 1997: crise dos tigres asiáticos

Foi um período de recessão econômica que atingiu grande parte dos países da Ásia, em 1997. Ela começou nos chamados tigres asiáticos, o conjunto de países emergentes do Sudeste asiático que, no momento, se destacavam por um grande crescimento e desenvolvimento econômico.

– 1995 a 2000: a bolha da internet

A bolha da internet foi uma crise financeira decorrente da hipervalorização das ações de empresas de tecnologia nos Estados Unidos, em grande parte sustentada por especulação.

– 2001: atentados de 11 de setembro em Nova Iorque

O dia 11 de setembro de 2001 foi marcado pelos atentados terroristas aos Estados Unidos, que vitimaram quase três mil pessoas. Neste dia, as bolsas de valores de todo o mundo sofreram grandes impactos, com as bolsas de Nova Iorque ficando fechadas por dias e muitas delas tendo as negociações interrompidas, como foi o caso do Brasil.

– 2008: crise do subprime

Foi o resultado do estouro de uma bolha de investimentos massivos em hipotecas nos Estados Unidos, que cresceram ao longo dos anos 2000. As hipotecas são uma forma de financiamento imobiliário comum nos Estados Unidos, em que o imóvel é dado como garantia ao banco, caso o tomador não consiga pagar as dívidas.

– 2015/2016: recessões econômicas de 2015/2016 no Brasil

O Brasil passou por grande trauma entre 2015 e 2016, com queda do PIB acumulada em mais de 8%. Talvez a nossa pior crise dos últimos 50 anos. Muitas são as explicações para tamanho tombo; a melhor delas seria a seguinte: o país passou por forte expansão de crédito e alavancagem entre 2003 e 2013, de acordo com analistas do mercado financeiro brasileiro.

– 2020/2023: pandemia da Covid-19, inflação global e conflito Rússia/Ucrânia

A crise econômica causada pela pandemia tem características de queda da oferta e queda da demanda. Não é, como em geral ocorre em grandes crises macroeconômicas, um processo de recuo apenas da demanda. Houve um choque de demanda, mas houve também um choque de oferta.

Agora, sabendo historicamente que as crises vêm e vão, quero lhe perguntar: neste momento você sente falta de esperança e visão de um futuro melhor?

Caso sinta-se assim, este é um sentimento muito comum em momentos de crise e recessão, mas com ela quero lhe mostrar que dias melhores virão como sempre vieram, tendo assim uma perspectiva otimista.

Você sabia que muitos investidores esperam por períodos como esse? É a chance de muitos para enriquecer nestes momentos, especialmente aqueles que já têm claramente definido que o seu perfil de investidor é de Buy and Hold.

Mas como surge uma recessão econômica?

A recessão econômica surge motivada pela desaceleração da economia de um país ou, como estamos vendo no momento, de vários país no mundo.

Hoje quase três quartos (73%) dos CEOs de empresas acreditam que o crescimento econômico global diminuirá nos próximos 12 meses, de acordo com a 26ª Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC, que entrevistou 4.410 CEOs em 105 países entre o período de outubro e novembro de 2022.

Análise

Globalmente, a confiança dos negócios em relação ao crescimento econômico varia drasticamente. Por exemplo, nas grandes economias do G7, como França, Alemanha e Reino Unido, são todos países impactados por uma crise energética contínua, e nestes países as suas perspectivas são ainda mais pessimistas em seu crescimento doméstico do que sobre o global.

Nos Estados Unidos um sinal de alerta de recessão econômica continua a piscar e vários líderes empresariais concordam que a economia está piorando, pois há anos não se via taxas de juros tão altas como nos níveis atuais.

Já a China passa por um momento de desaceleração imobiliária histórica, e com a possível recessão econômica mundial ela teria dificuldades, especialmente a curto prazo, para voltar a um cenário positivo.

Mas o que afeta isso para o Brasil? Primeiro que as economias de Estados Unidos e China interferem diretamente na nossa economia, pois o Brasil é muito dependente destes países para importações e exportações. Segundo que quando ocorre uma recessão global os investidores têm tendência imediata de retirar seus investimentos de países emergentes como o Brasil para investir em países com a economia mais sólida, como os Estados Unidos. Ou seja, essa emigração de capital que sai do Brasil para países desenvolvidos reduz a nossa capacidade de investimento e com isso ocorre uma desvalorização da nossa moeda.

De acordo com convenções mundiais, só é considerado que há uma recessão econômica quando existe uma contração na economia por mais de dois trimestres seguidos. Isso ocorreu no ano de 2020 no Brasil e a perspectiva é ainda em 2023 termos um mercado desacelerado em seu crescimento por conta do cenário global.

Oportunidade

Como citei no início, este também é um dos momentos mais esperados por investidores de longo prazo nas bolsas de valores. Eu mesmo penso que podemos estar em um ponto de grandes oportunidades, onde muitas empresas estão com seus papéis descontados, porém é preciso ter muita cautela sobre qual ação comprar.

Ainda haverá mais desvalorizações daqui para a frente para alguns setores, como, por exemplo, o de varejo, que anda passando por maus bocados.

A três anos atrás todos falavam da grande varejista Magazine Luiza, mas hoje, acompanhada de notícias de fraudes em balanços como os ocorridos pelas Lojas Americanas e rumores de que a Ambeve também passa pela mesma situação, coloca este setor em um estado de desconfiança.

Mas quais são os setores que vão bem em uma crise? Onde eu não perco muito do meu capital?

Gosto muito da metodologia do maior investidor da bolsa brasileira, o Luiz Barsi Filho, em aplicar seu capital em empresas perenes, ou seja, aquelas que mesmo em uma crise precisam existir, quais são essas: setor elétrico, saneamento, financeiro, exploração refino e distribuição, bens industriais, saúde e materiais básicos.

Mas além de escolher empresas desses setores, é necessário escolher aquelas que pagam bons dividendos, especialmente acima da casa dos 7% anuais.

Conclusão

Bem, na minha opinião, fato é que já estamos vivendo uma recessão econômica no Brasil e que pode ser de um período maior por conta do cenário exterior.

E caso você deseja iniciar os seus investimentos em bolsa de valores, aqui vai uma ressalva: não necessariamente você precisa ter muito dinheiro para começar. Hoje com R$ 100 é possível comprar boas ações ou fundos imobiliários. Talvez esta seja uma excelente oportunidade para começar.

Espero que esse conteúdo possa ter lhe trazido informações valiosas, que você consiga ter uma visão do mercado atual e quem sabe inicie ou aperfeiçoe seus investimentos.

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Por André Luis Arndt

Sobre o autor

Trabalho no mercado de publicidade e propaganda há mais de 19 anos. Sou formado em Marketing e em outras especialidades, como designer gráfico, roteirista, produtor e editor cinematográfico.

Já fui empreendedor, como colaborador e empresário. E também fundador de uma empresa de e-commerce que entrou na lista das dez maiores do segmento deste ramo de atividades no Brasil no ano de 2020 (Pesque Brasil).

Hoje sou especialista em consultoria de Marketing Digital e Modelo de Vendas Crossdocking e Droppshipping, mas no momento atuo como assessor parlamentar e marketing político, buscando em paralelo novas formas de empreender.

Também sou investidor desde 2019.

Ao assinar esta coluna em O Presente, pretendo dividir as minhas experiências como empreendedor e também como investidor da bolsa de valores, além de resgatar bons bate-papos sobre negócios, especialmente com uma visão local.

Você que acompanhar as colunas e quiser fazer comentários, fique à vontade. Além de compartilhar experiências, também desejo aprender. Juntos, quem sabe formaremos uma pequena comunidade!

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