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Corinthians vence Palmeiras e é campeão paulista na casa do rival

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O Corinthians conquistou neste domingo, de forma heroica e pra lá de emocionante, seu 29º título do Campeonato Paulista, em pleno Allianz Parque. Bicampeão consecutivo, o Timão venceu o Palmeiras na grande final, por 1 a 0, com gol relâmpago de Rodriguinho, em Dérbi eletrizante e cheio de pressão para cima da arbitragem, e tratou de confirmar o triunfo nas penalidades, por 4 a 3, com direito a duas defesas do herói Cássio.

Para a finalíssima, o Corinthians foi escalado por Carille com as entradas de Ralf, Jadson e Romero nas vagas antes ocupadas por Gabriel, Emerson Sheik e Clayson. Assim, o Timão foi a campo com: Cássio (capitão), Fagner, Balbuena, Henrique e Sidcley; Ralf e Maycon; Romero, Jadson, Rodriguinho e Mateus Vital.

Com o término do Estadual, o próximo compromisso do Corinthians, cabe registrar, é um embate contra o Fluminense, no domingo que vem, na Arena, em Itaquera, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Pela Libertadores, o Timão volta a jogar no dia 18 deste mês, contra o Independiente, na Argentina.

 

Primeiro tempo

Nem o mais otimista dos corinthianos poderia imaginar que o Timão abriria o placar no Allianz Parque com um minuto e meio de bola rolando. E foi justamente isso que aconteceu! Mateus Vital fez linda jogada individual pela esquerda, deixou o zagueiro Antônio Carlos para trás, invadiu a grande área nas proximidades da linha de fundo e cruzou rasteiro para Rodriguinho. O artilheiro da equipe alvinegra na temporada, então, bateu de primeira para estufar as redes.

O gol relâmpago do Corinthians parece ter agitado ainda mais uma partida com ânimos já naturalmente à flor da pele. Não à toa, mais dois tentos foram anotados logo na sequência, um para cada time. Ambos, porém, foram corretamente anulados por impedimento.

Primeiro foi a vez do ex-corinthiano Willian receber bola aérea em posição irregular e cabecear na meta de Cássio. Pouco depois, em contra-ataque quase perfeito, o impedido Rodriguinho recebeu de Vital e lançou Maycon, que carimbou o gol de Jaílson quando a partida já estava paralisada.

O clássico seguiu muito movimentado. O Corinthians se mostrava mais incisivo com Vital; o Palmeiras, com Dudu. Com relação a este último, aliás, em meados do primeiro tempo, Romero trocou de lado justamente para ajudar Sidcley na marcação do camisa 7 rival.

A estratégia surtiu efeito do ponto de vista defensivo. No ataque, porém, o Corinthians pouco voltou a produzir na etapa inicial. A equipe de Carille recuou e apostou suas fichas no contra-ataque. O Palmeiras foi para cima, mas também não conseguiu mais criar chances efetivas. E assim chegaram ao fim os primeiros 45 minutos da finalíssima estadual.

 

Segundo tempo

O que no primeiro tempo se desenhava como uma estratégia passou a ganhar ares de deficiência logo nos minutos iniciais da etapa final: o Corinthians não conseguia colocar a bola no chão e criar jogadas minimamente ofensivas. Totalmente recuado, o Timão viu o Palmeiras cada vez mais se impor na “ronda” à área alvinegra.

É bem verdade que, por mais desconfortável que seja ser atacado de minuto em minuto, o Corinthians pouco se assustava, já que a retranca surtia efeito e impedia o Palmeiras de chegar à meta de Cássio.

Aos 20 minutos, Carille promoveu a primeira substituição do Corinthians: saiu Jadson, que pouco produziu em seu retorno à equipe após mais de um mês se recuperando de dores musculares, e entrou Emerson Sheik.

Aos 26 minutos é que foi registrado talvez o mais dos impressionantes acontecimentos do Paulistão. Ralf desarmou Dudu na grande área, e o árbitro erroneamente sinalizou pênalti. Após muita reclamação dos jogadores corinthianos, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza solicitou segunda, terceira e não sabemos mais quantas opiniões aos demais integrantes do quadro de arbitragem… E então voltou atrás na marcação. Foi a vez de jogadores e torcedores do Palmeiras se revoltarem, gerando inclusive a entrada da polícia militar no gramado do Allianz Parque. A confusão toda rendeu sete minutos de paralisação do clássico.

A reta final do jogo seguiu da forma mais hostil possível para todas as partes envolvidas: arbitragem pressionada, palmeirenses pilhados e corinthianos ainda tentando se encontrar na partida. Nesse cenário, Carille tirou Mateus Vital e colocou Lucca em campo, numa tentativa de dar gás extra ao ataque alvinegro nos minutos derradeiros do Dérbi.

Aos 47 minutos, um grande susto para o Corinthians: Keno invadiu a grande área pela direita, por pouco não foi derrubado por Lucca, cruzou venenosamente e viu Thiago Santos, na pequena área, cabecear por cima do travessão de Cássio. Ufa!

No lance seguinte, Lucca, que quase cometera pênalti instantes atrás, se redimiu: o camisa 30 cobrou escanteio fechado e obrigou Jailson a fazer grande defesa para evitar gol olímpico.

E não é que o Corinthians enfim pareceu ter gostado de atacar? Não demorou para Sidcley avançar pela esquerda e bater cruzado, rente à trave esquerda de Jaílson, levando muito perigo ao gol palmeirense. Isso aos 52 minutos. Haja coração!

Já nos instantes que antecediam a decisão por pênaltis, Carille promoveu a última alteração. Rodriguinho, se arrastando em campo, deu lugar ao ídolo Danilo. Aqui a aposta foi claramente na frieza do camisa 20 em cobranças de penalidade combinada ao desgaste físico do camisa 26.

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