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Esportes Carreira em ascensão

Rondonense é contratada por time da 1ª divisão de Portugal e estreia no futebol europeu

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(Foto: Arquivo pessoal)

Desfrutar do sonho de jogar na Europa. Esse item na lista de desejos a rondonense Maria Luisa Schmidt (Malu), de apenas 20 anos, já pode marcar como realizado no seu caderno. Após ser anunciada na semana passada como a nova centroavante do Valadares Gaia, time que disputa a 1ª divisão de Portugal, no último domingo (08) a camisa 9 já ajudou sua nova equipe a levantar o tradicional Troféu Teresa Herrera, ao vencer o Dépor Abanca nos pênaltis, com direito à cobrança certeira, no Estádio Riazor, em La Coruña, na Espanha.

Formada nas categorias de base da AACC Copagril/Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, Malu se mudou ainda adolescente para São Paulo, onde jogou futebol e futsal por três anos pelo Corinthians. Em 2020, ela aceitou uma proposta do Napoli, de Caçador (SC), onde se destacou fazendo muitos gols que ajudaram o time catarinense a subir para a elite do Campeonato Brasileiro.

Após a disputa do Brasileirão 2021, Malu retornou brevemente para casa e, de volta às origens, ajudou a AACC a se classificar para a 2ª fase da Série Prata do Paranaense de Futsal Feminino antes de embarcar para Portugal, onde ficará, a princípio, por uma temporada, com possibilidade de renovação.

De sua nova casa, na pequena Valadares, localizada a pouco mais de dez quilômetros da cidade do Porto e 300 quilômetros de Lisboa, Malu conversou com a reportagem do Jornal O Presente e falou sobre o grande momento de sua carreira. Confira.

 

O Presente (OP): O que representa para você ter a oportunidade de jogar no futebol europeu?

Maria Luisa Schmidt (MLS): Representa tudo aquilo pelo qual eu já trabalhei e lutei para conquistar. Sempre fui atrás dos meus objetivos e dos meus sonhos, e isso é fruto de muito trabalho e dedicação.

 

OP: Como se desenrolou essa negociação para jogar no futebol português?

MLS: A negociação foi feita através dos meus empresários, Ruany Veríssimo e Natão Silva, que cuidaram de toda essa parte. Sempre conversamos que era um interesse meu sair do Brasil. Eles foram atrás disso e após a janela de transferências abrir, surgiu a proposta do Valadares Gaia, meu clube atual.

 

OP: Fale sobre o seu novo clube em Portugal. O que você já aprendeu sobre a equipe, quais as ambições da diretoria em termos de títulos? Tem mais brasileiras no elenco?

MLS: Por enquanto ainda não temos mais brasileiras na equipe. Já aprendi bastante neste pouco tempo que estou aqui. Há muito profissionalismo e pessoas competentes para exercer o trabalho que é dado. Todo mundo me recebeu super bem e de braços abertos, e isto é um fator importante. A meta é sempre chegar ao lugar mais alto do pódio. Vitória sempre.

 

OP: Em 2020 você se destacou na Série B pelo Napoli, que ficou com o título e ajudou a colocar o time de Caçador na elite do futebol brasileiro. O quanto você considera que aquele campeonato contribuiu para alavancar sua carreira?

MLS: Creio que minha temporada com o Napoli foi extremamente fundamental, pois cresci muito como atleta e como pessoa também. Nunca é fácil se destacar em uma equipe, mas sempre consegui dar o meu melhor e, consequentemente, ajudar o Napoli da melhor forma.

 

OP: Você iniciou no futsal de Marechal Rondon e depois teve a chance de ir para São Paulo jogar futebol e futsal no Corinthians. Em que momento optou por priorizar o futebol e quais os principais fatores que a levaram a isso?

MLS: O momento em que eu tive que priorizar um ou outro foi recentemente, em 2020. Eu tive que optar por continuar jogando futsal em São Paulo ou no Paraná, de onde também recebi propostas de clubes. Mas neste período surgiu o futebol e a oportunidade de jogar no Napoli, em Santa Catarina. Quem me pergunta sempre vou falar que eu amo o futsal, mas que meu futuro é no campo.

 

OP: O sonho de grande parte de meninos e meninas que jogam futebol é atuar na Europa. Seu próximo objetivo é alcançar times de elite, como Barcelona, PSG, Chelsea? E o que você acredita ser necessário fazer para um dia chegar a vestir uma dessas camisas?

MLS: Posso afirmar que almejo grandes coisas para minha carreira, mas não sei o que me aguarda no futuro ainda. Acredito que é preciso trabalhar sempre com constância e com verdade, e quando se trabalha, os resultados vêm naturalmente.

 

OP: Mais uma vez o Brasil não conseguiu o ouro no futebol feminino nas Olimpíadas. Você carrega consigo o sonho de um dia jogar pela Seleção em grandes competições?

MLS: Carrego, sim. Sempre foi um sonho vestir a amarelinha e espero um dia ter a oportunidade.

 

OP: Levando em conta o sucesso que você já alcançou, quais pessoas você considera fundamentais e que contribuíram nessa trajetória?

MLS: Tive muitas pessoas importantes que contribuíram com a minha carreira, mas a mais importante sempre será minha família. Por isso, deixo aqui o meu agradecimento. Sem vocês, eu não seria metade do que sou hoje. Um beijo no coração de todos. Até breve.

Rondonense durante jogos contra o Palmeiras no Campeonato Brasileiro 2021 (Foto: Arquivo pessoal)

Gols pelo Napoli de Tubarão (SC) credenciaram Malu a jogar no futebol europeu (Foto: Arquivo pessoal)

Em sua estreia no solo europeu, Malu (penúltima atleta sentada) ajudou o Valadares Gaia na conquista do Troféu Teresa Herrera (Foto: Divulgação/Valadares Gaia)

Aos 20 anos, Malu realiza o sonho de jogar no futebol europeu (Foto: Divulgação/Valadares Gaia)

Malu se mudou ainda adolescente para São Paulo, onde jogou futebol e futsal por três anos pelo Corinthians (Foto: Arquivo pessoal)

Pelo Corinthians, Malu acumulou títulos no futsal e no futebol (Foto: Arquivo pessoal)

Pelo Valadares Gaia, a centroavante rondonense veste a camisa 9 (Foto: Arquivo pessoal)

Malu com o Troféu Teresa Herrera, o primeiro que ela ajudou sua equipe, o Valadares Gaia, a conquistar (Foto: Arquivo pessoal)

 

Gustavo Cunha/O Presente

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