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Covid-19 e crianças: seis orientações que você não deve esquecer

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(Foto: Divulgação)

Apesar de apresentarem, estatisticamente, menos infecções por coronavírus que os adultos, as crianças também desenvolvem formas graves da doença. Paralelamente a isso, a vacinação para o público infantojuvenil ainda está sem previsão de começar no Brasil. Por essa razão, as medidas de prevenção básicas continuam sendo essenciais. Assuntos como esses foram abordados na live com o vice-diretor técnico e infectologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, Victor Horácio Costa Junior, sobre Covid-19 e crianças.

A seguir, confira as seis orientações que você não deve esquecer em relação ao tema:

 

1. Cuidado entre os adultos é a melhor forma de proteger a população pediátrica

Até a vacinação estar disponível para as crianças e os adolescentes, é muito importante que os adultos fiquem atentos à sua etapa de imunização. Quando chegar sua hora de tomar a primeira e/ou a segunda dose, organize-se para recebê-la. Além disso, é essencial ficar atento aos protocolos de proteção, como evitar aglomerações, manter o distanciamento social, utilizar máscara e realizar a higiene das mãos. É importante lembrar que essas medidas de prevenção são necessárias enquanto não houver, pelo menos, 70% da população vacinada e um tratamento eficaz contra a Covid-19.

 

2. O exemplo da família ao utilizar máscara favorece o uso por parte da criança

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da Academia Americana de Pediatria (AAP) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), crianças menores de 2 anos de idade não devem usar máscaras porque a salivação intensa, as vias aéreas de pequeno calibre e a imaturidade motora elevam o risco de sufocação. No caso de meninos e meninas que apresentam alguma comorbidade ou transtorno comportamental, é importante que a família peça aconselhamento do profissional que faz acompanhamento da criança. Entre os 2 e 5 anos, existe necessidade de supervisão constante. Somente a partir dos 6 anos o uso é recomendado sem supervisão. Vale lembrar que a máscara deve ser trocada sempre que estiver suja e/ou úmida, ou a cada duas horas, manuseando-a pelas laterais e higienizando as mãos antes e após tocá-la.

 

3. Sintomas do coronavírus em crianças são particulares, e pais devem ficar atentos

As crianças podem desenvolver quadros leves, moderados, graves ou críticos de COVID-19. Os sintomas podem variar, com ou sem febre, coriza (secreção no nariz), infecção na garganta, tosse seca e, nos quadros graves, dificuldade respiratória. Diferentemente dos adultos, os meninos e meninas não manifestam que não sentem cheiro ou sabor, mas não querem comer. As manifestações podem ser diferentes também, com manchas na pele, problemas gastrointestinais, quadros renais, entre outros. Por isso, é importante que a família fique atenta às manifestações fora do padrão e não pratique a automedicação, entre em contato com um pediatra ou leve a criança ao pronto-atendimento para ser examinada, fazer o exame, se necessário, e tomar todas as medidas de precaução. Hoje, com a pandemia do coronavírus, todos os sintomas respiratórios precisam ser investigados. Quando o diagnóstico é precoce, é possível uma evolução favorável para as crianças.

 

4. O retorno presencial às aulas deve ser discutido entre pais, responsáveis e profissionais de saúde

O retorno às atividades escolares deve ser seguro e não expor ao risco professores nem os alunos. É imprescindível que as escolas adotem as medidas sanitárias estabelecidas pelos órgãos de saúde do estado e/ou município. Além disso, é importante que a família possa escolher o modelo presencial ou híbrido. As crianças com sintomas sugestivos da COVID-19 ou que tiveram contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença não devem frequentar a escola, assim como meninos e meninas aos quais os profissionais de saúde não orientem o retorno devido à condição clínica, física e/ou mental.

 

5. Atividades e esportes coletivos que gerem aglomeração não são recomendados

Na pandemia do coronavírus, o distanciamento social deve ser mantido. Por isso, esportes, de uma maneira geral, não são recomendados. Isso porque a transmissibilidade pode ser maior – e mesmo casos assintomáticos podem transmitir a doença. No caso de duas crianças com máscara, uso de álcool gel e ambiente arejado, é permitida a brincadeira, seguindo os cuidados necessários.

 

6. O acompanhamento médico é essencial, mesmo com a pandemia

Desde o início da pandemia, o Pequeno Príncipe tomou uma série de atitudes que fazem com que colaboradores, familiares e pacientes se sintam seguros. As crianças que chegam ao Hospital com suspeita de contaminação pelo coronavírus são isoladas das demais. Mas o pediatra também alerta que, apesar da pandemia, outras doenças continuam surgindo. A situação atual fez com que todos entrassem em sinal de alerta, porém o acompanhamento de crianças com doenças crônicas, de crianças saudáveis, mas que precisam de avaliação de rotina, e também do calendário de vacinação precisa continuar. A falta de cuidado expõe os meninos e meninas a doenças que podem ser prevenidas. O Pequeno Príncipe e os profissionais estão preparados e capacitados para receber e acompanhar seu filho com a segurança e o cuidado necessários que o momento exige.

 

Com Bem Paraná

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