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DNIT lista ações de manutenção em praças desativadas de pedágio; reflexo do vandalismo continua presente nos locais

Em um dos trechos mais movimentados do Paraná, prédio que fica em praça desativada na BR-277 teve paredes e forros levados. DNIT disse que foi criado plano de manutenção para estruturas nas rodovias

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Um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) detalhou as ações do órgão para a manutenção das estradas federais do Paraná e em praças de pedágio desativadas há quase um ano.

O documento apresenta, com fotos, ações em curso ou já realizadas para a segurança rodoviária nas edificações e proximidades. Apesar disso, problemas estruturais continuam sendo observados nas praças.

Desde o fim das concessões, por determinação da Justiça, a responsabilidade das estruturas é do DNIT.

Ações

O relatório indicou que foi criado um plano de manutenção para estruturas nas rodovias. Segundo o DNIT, o foco inicial foi nas praças de Witmarsun, Tibagi, Imbituva, Porto Amazonas e Irati.

O documento, no entanto, não cita a situação das estruturas de um dos trechos mais movimentados do estado: a BR-277, entre Curitiba e o litoral.

Segundo o departamento, nas praças onde há trabalho sendo executado, está sendo priorizada a vedação dos pavimentos térreos para intimidar o uso irregular das edificações.

Informa, também, que trabalha na conservação do pavimento, reforço e revitalização da sinalização, para evitar acidentes.

Relembre

Outro ponto citado foi que, para manter os ambientes das antigas edificações das praças de pedágio e edificações auxiliares, o DNIT faz serviços de limpeza dos ambientes e do asfalto, além da manutenção da vegetação com serviços de roçada.

O relatório citou que foram contratadas três empresas, por mais de R$ 620 mil, para garantir a iluminação em 26 praças desativadas do estado.

Danos nas praças

Na BR-227, entre Curitiba e Paranaguá, só restaram destroços na praça de pedágio no prédio onde ficava a central de monitoramento da concessionária – na sala, os técnicos acompanhavam a movimentação da estrada por mais de 20 câmeras.

Atualmente, não há paredes no local, nem forro. Grades de proteção também desapareceram. Só sobraram pedaços de ferro retorcidos.

O problema se repete nas cabines de pedágio. Foram roubados os vidros, portas, móveis e as cabines permanecem sem nenhum tipo de proteção.

Na praça de pesagem de caminhões da BR-277, rumo ao litoral do estado, vidros foram quebrados, móveis roubados, portas e janelas arrancadas e paredes foram destruídas.

No interior do Paraná, além dos roubos e depredação que também estão presentes nas praças de pedágio desativadas, há o problema também da falta de energia.

Contestação do TCU

A depredação dos imóveis foi contestada por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), que analisam os contratos do novo modelo de pedágio.

Em relatório, os técnicos disseram que, em abril, observaram depredações em diversas edificações que farão parte das novas concessões.

Para os técnicos, como os danos terão que ser reparados pelas futuras concessionárias, isso pode impactar nos preços das tarifas dos pedágios.

O relatório determina ao Ministério da Infraestrutura que adote as medidas necessárias para restabelecer a guarda patrimonial das edificações.

O que diz o DNIT

Em nota, o DNIT informou que empresas foram contratadas para a iluminação nas rodovias e estão trabalhando. Disse, também, que restabeleceu a iluminação em cinco praças e foram feitas vistorias em outras quatro pra levantamento de material e programação de manutenção.

Sobre a determinação do TCU para que o DNIT restabeleça a guarda patrimonial das praças, o departamento respondeu que começou a vedar as edificações, reforçar a sinalização, canalizar as pistas e colocar placas para que as pessoas denunciem vandalismo e furtos à Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O DNIT afirmou, ainda, que proibiu estacionamento e descanso nas praças, e que diversas edificações estão ocupadas pelos serviços de guincho.

Novo pacote de concessão

O novo pacote de concessão é formado por rodovias estaduais e federais. São 2,3 mil quilômetros das concessões que estão terminando e outros 1 mil quilômetros de novos trechos.

Os contratos de pedágio vão ser divididos em seis lotes, que vão a leilão separadamente. A decisão de cada um dos lotes será feita por disputa livre na bolsa de valores. Vence a empresa que conceder o maior desconto na tarifa base.

O Governo do Paraná estima que as novas tarifas sejam de 40% a 50% mais baratas que se pagava nas concessões que estavam em vigor.

Serão criadas 15 novas praças de pedágio no estado. Entre as obras previstas no pacote, estão a duplicação de quase 1,8 mil quilômetros e a instalação de rede de internet wi-fi em todos os trechos de concessão.

Com G1

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