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Geral Reta final do inverno

Estamos passando pelo último evento de frio de 2022?

Segundo a MetSul, há tendência de novas incursões de ar frio no Sul e no Centro do Brasil nas próximas semanas

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(Foto: Birgit/Pixabay)

O domingo (04) começou gelado no Sul do Brasil com marcas extremas de frio em áreas de maior altitude da região entre os Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, e o Planalto Sul, em Santa Catarina. Várias estações em localidades de maior altitude destas áreas indicaram ao amanhecer mínimas entre -4ºC e -7ºC, mas com registros pontuais de até -9ºC, o que trouxe geada forte a severa, além de congelamento.

O amanhecer desta segunda-feira (05) ainda foi frio no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas com mínimas mais altas que as de ontem à medida que a massa de ar polar começa a enfraquecer. No Paraná também o frio deu as caras, assim como a chuva.

O último episódio de frio extremo do ano?

O inverno astronômico termina oficialmente no dia 22 de setembro, mas desde o dia 1º estamos sob o que se denomina na climatologia de primavera meteorológica ou climática, que se define como o trimestre de setembro a novembro. Assim, episódios de frio mais extremo, como o atual, tende a se tornar cada vez menos frequentes a partir de agora. Mesmo assim ocorrem. Em 4 de setembro de 2006, nevou com pequena acumulação em São Francisco de Paula.

O evento atual de frio não será o último deste ano, reitera-se não será o último e ainda haverá dias frios no restante do inverno e provavelmente alguns na primavera. Há tendência de novas incursões de ar frio no Sul e no Centro do Brasil nas próximas semanas.

Tanto o modelo climático europeu como o modelo norte-americano indicam a possibilidade de uma nova incursão de ar frio perto da metade deste mês.

Com isso, o risco de geada tardia é alto neste ano e pode afetar tanto fruticultura como o trigo, que até o momento vem apresentando uma safra exuberante. Os dias de geada, entretanto, tendem a se concentrar nas próximas semanas mais em localidades de maior altitude, onde pelo relevo a geada se torna mais provável principalmente em baixadas.

Marcas tão extremas quanto as de ontem, de até -9ºC em Santa Catarina e perto de 5ºC abaixo de zero no Rio Grande do Sul, são mais comuns no trimestre de inverno entre junho e agosto, e mesmo assim não ocorrem toda hora no inverno, mas se tornam muitíssimo menos frequentes em setembro. Assim, embora ainda se preveja a ocorrência de novos episódios de frio nas próximas semanas com novas marcas negativas e geada, a MetSul considera improvável que se registre frio tão extremo quanto o deste evento atual de frio. Marcas como a de ontem mais tarde no ano seriam uma enorme surpresa porque altamente incomuns na segunda metade de setembro ou em outubro.

Com MetSul Meteorologia

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