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Os novos tempos do comércio virtual e açougues digitais – por Dilceu Sperafico

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Foto: Divulgação

O comércio virtual continua surpreendendo pelos seus muitos impactos no cotidiano das pessoas. Uma das novidades do setor é o açougue digital, no qual os interessados podem adquirir cortes de carne de sua preferência, com as vantagens da redução do preço de até 30%.

A economia está na redução de custos de lojas físicas, com funcionários e equipamentos de conservação e exposição da carne e com esses benefícios o açougue digital está se popularizando rapidamente nos principais centros consumidores do país.

Dessa forma, está tornando lembrança do passado a ida até o açougue ou supermercado mais próximo para escolher e adquirir uma boa peça de carne para o churrasco de domingo ou a alimentação diária da família.

Nos novos tempos do comércio digital, basta pesquisar preços e disponibilidades de estoques, fazer a escolha, formalizar o pagamento e esperar pelo recebimento da encomenda em casa.

Os açougues digitais já em operação oferecem cortes desde patinho moído até picanha importada, para escolha pela internet e entrega no endereço fornecido, com 15% a 30% de economia, na comparação com os preços praticados no mercado convencional.

A novidade é dos e-commerce de açougues, que têm conquistado espaços no Brasil nos últimos anos. O sistema, pelo que se sabe, é diferente dos clubes de assinatura de carnes nobres, dos quais o cliente cadastrado recebe produtos predeterminados em datas estabelecidas, com a devida antecedência.

No novo modelo, o tipo de corte e quantidade do produto são escolhidos pelo comprador no momento da aquisição. O funcionamento do açougue digital, conforme especialistas, é o mesmo de e-commerce de roupas, no qual as pessoas escolhem o que adquirir, efetuam o pagamento e recebem o produto em sua casa, mas no caso da carne em horário pré determinado.

De acordo com profissionais do setor, num primeiro momento a desconfiança é previsível, pois trata-se de carne, um alimento perecível, ao contrário de roupas e outras peças de tecido. Os açougues on-line em operação no país têm parcerias com grandes frigoríficos nacionais e internacionais, que lhes fornecem produtos já embalados.

Os açougues on-line não têm despesas com aluguel de espaço físico ou funcionários, com operação enxuta que permite que seus preços sejam até 30% menores que os de estabelecimentos físicos.

O desafio do novo negócio é conquistar a confiança das pessoas, pois a aparência da carne tem de atender as exigências dos consumidores, tanto no balcão do açougue tradicional quanto na foto exibida na internet.

Se o novo açougue, tradicional ou digital, iniciar as vendas satisfazendo a preferência e expectativas das pessoas mais exigentes e cuidadosas, oferecendo produtos de qualidade e atendimento satisfatório, os primeiros clientes logo passarão a recomendar o estabelecimento e dessa forma conquistará e fidelizará cada vez maior e melhor clientela.

Em São Paulo, por exemplo, já há açougues digitais funcionando há vários anos, muitos dos quais vinculados a estabelecimentos tradicionais, o que vem facilitando a superação de ressalva de muitas pessoas em comprar carnes pela internet.

Em muitos casos, para vencer esse obstáculo, é necessário convencer o comprador que a peça que lhe será enviada foi cortada especialmente para ele, da forma que solicitou. Até por isso, cada cliente recebe a embalagem com etiqueta em seu nome, individualizando o atendimento.

 

O autor é ex-deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado
dilceu.joao@uol.com.br

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