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Programa Família Acolhedora é referência nacional

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De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Cascavel, tem o maior programa Família Acolhedora do Brasil. Ao todo, 75 famílias estão cadastradas e 150 crianças e adolescentes que foram afastadas da família biológica por medida de proteção deixaram de ficar em abrigos.

Diferente das pessoas que adotam, a família acolhedora tem apenas a guarda provisória da criança. Ou seja, ela não recebe o sobrenome dos pais e permanece na residência da família até completar 21 anos. O casal interessado em cuidar das crianças que estão sob a guarda da Justiça precisam se cadastrar no programa Família Acolhedora e, após entrevistas com psicólogos, são escolhidos ara assumir o compromisso.

Para ajudar no sustento das crianças, as famílias recebem 75% do salário mínimo e são acompanhadas por uma equipe de profissionais. “É um trabalho que foi desenvolvido, não só por mim, evidentemente por muitas pessoas. Inclusive, uma parceria entre o judiciário, Ministério Público (MP) e, principalmente, o município de Cascavel que abraçou essa ideia. É a prefeitura que paga essas famílias, que mantém a equipe interdisciplinar, equipe técnica que faz a avaliação não só das famílias que pretendem aderir ao nosso programa, mas também acompanha as crianças e adolescentes que nela estão inseridas”, explicou o juiz da Vara da Infância e da Juventude Sérgio Kreus.

Há menos de um ano, Valdirene Bueno e Estevão Castro Golveia acolheram dois meninos. Um deles era viciado em drogas e morava na rua. O outro foi afastado da família biológica por maus tratos. “Quero fazer a diferença para eles, não hoje, mas quando eles tiveram 30, 40 anos”, disse Valdirene. “Eu vejo que estou dando oportunidade de um jovem ter um futuro, pelo menos uma expectativa de futuro”, complementou Estevão.

Osmar do Nascimento, de 18 anos, vive com famílias acolhedoras desde os dois anos de idade. O pai morreu e a mãe é doente. Há sete meses, ele encontrou na casa de Antônia Moraes um lar. “Ela faz de tudo para ver a gente bem, sabe. Tudo o que falta ela compra, se tem algum problema ela pergunta, quando precisa “xingar” ela xinga também. Às vezes a gente acha que é ruim, mas depois vê que é certo, tem que levar um “xingãozinho” de vez em quando”, brincou.

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