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Rondonenses relatam experiências vividas no evento

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“A igreja acordou mais santa”. É assim que o peregrino rondonense Katriel Luiz Kochem descreve a experiência de ter participado da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que aconteceu de terça-feira (23) a domingo (28), no Rio de Janeiro.

“Eu percebi que o povo vive um momento antes e após a jornada, pois depois dessa movimentação que aconteceu no mundo todo a fé dos povos é renovada e até mesmo quem não costuma frequentar a igreja se emociona com a entrega de quem participa”, relata o jovem.

Katriel conta que chegou a ficar a cerca de 30 metros do pontífice, porém, devido à quantidade de pessoas, a passagem de Francisco pelas ruas era rápida. “O primeiro pensamento que veio a minha cabeça quando avistei o papa foi que ele remete à imagem do meu avô, pois todas as ações dele eram muito simples, ele era muito humilde, sem passar aquela impressão de celebridade ou de ter uma postura superior aos outros”, relata o rondonense. “Em todos os seus atos percebi que o modo dele falar é de uma pessoa bem próxima à juventude. Ele motivou muito os jovens para que continuem tendo fé e evangelizando. Parece que ele compreende o que a gente vive hoje, não sendo tão conservador e falando de um modo que o jovem sinta-se acolhido e compreendido”, expõe Katriel.

Apesar de a praia estar ocupada por mais de três milhões de pessoas, o jovem comenta que nos momentos em que o papa fazia seus discursos o silêncio era total. “Isso me surpreendeu muito, pois, apesar de serem todos muito jovens e agitados, nesses momentos havia uma grande reflexão, e o silêncio já dava as respostas que o papa queria”, relata.

Katriel diz que, apesar das dificuldades encontradas durante os dias na terra fluminense, os momentos de entrega foram muito recompensadores. “Teve dias que andei cerca de dez quilômetros, dormi na calçada a noite toda, peguei ônibus errado, mas tudo isso foi necessário para que eu conhecesse uma outra realidade e renovasse os meus pensamentos e minha fé. Saí do Rio com a certeza de que vivenciaria tudo de novo na próxima jornada. Não sei como vou, nem de onde vou tirar dinheiro, mas espero que seja tão boa quanto essa”, finaliza o rondonense, que é enfático em dizer que estará presente na Jornada Mundial da Juventude de 2016, na Polônia.

Renovação

Jéssica Karine de Oliveira Gomes, catequista em Marechal Cândido Rondon, menciona que os momentos presenciados durante a Jornada Mundial da Juventude a fizeram valorizar ainda mais o lugar onde vive.

“Acho que não existem palavras para descrever tudo o que foi presenciado durante a jornada. O que eu mais queria ver era a multidão junta para fortalecer a minha fé e mostrar que eu não estou sozinha, e isso eu vi praticamente o tempo todo. O que me marcou muito foi que lá no Rio é outra realidade, as pessoas vivem de uma maneira diferente, é tudo longe e tudo caro, e isso me fez valorizar mais ainda a minha cidade”, relata.

Ela conta que a jornada proporcionou uma verdadeira montanha-russa de emoções nos peregrinos, principalmente nos momentos com presença do papa Francisco. “O momento mais marcante foi a missa no domingo, porque participar de uma missa presidida pelo papa, que é a representação de Cristo no meio de nós, foi lindo, ainda mais na praia de Copacabana, com milhares de pessoas renovando a fé junto comigo, foi indescritível”, comenta.

 Jesus no Litoral

A rondonense Jessika Aline Luft também participou da JMJ, mas antes do evento ter início, foi voluntária no projeto “Jesus no Litoral”, que levou a evangelização para várias comunidades do Rio. “Foram três dias incríveis, em que passamos frio, pegamos chuva, caminhamos muito, mas foi extremamente recompensador ver nos olhos de quem ouvia a palavra o agradecimento por estarmos lá. Já tive a experiência de evangelizar aqui no Paraná, porém lá é outra realidade, parecia que o que falávamos era tudo o que aquelas pessoas precisavam”, expõe.

Jessika menciona que durante a peregrinação conheceu pessoas de outros países e várias culturas diferentes, o que proporcionou a troca de experiências e mostrou a união pelo amor de Cristo. “Na jornada foi tudo muito intenso e emocionante. Para mim, foi uma alegria ver a igreja do mundo reunida, os jovens manifestando o amor pela igreja, o sentimento que as pessoas tinham de amor, unidade e principalmente fé que movia todo mundo”, considera.

Para ela, o papa passou aos jovens um grande sentimento de motivação, além de deixar questionamentos sobre agradecimento e crença. “O papa Francisco é muito carismático, e passa o sentimento de um pastor, muito humilde e sempre sorridente. Era visível que ele amava as pessoas, principalmente quando beijava as crianças. Ele era motivador em todos os seus discursos e mostrou que acredita na força jovem”, finaliza.

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