Fale com a gente

Marechal Inclusão

Adefimar: há 27 anos uma mão amiga aos deficientes

Publicado

em

Presidente da Adefimar, Erno Ratke, vice-secretário e sócio-voluntário, Luis Carlos da Silva, e a vice-presidente, Beatriz Helena Kuhn, em visita ao O Presente: “Somos todos iguais, temos deficiências, mas também não temos. Somos eficientes. Queremos ajudar um ao outro” (Foto: O Presente)

 

Há 27 anos presente em Marechal Cândido Rondon, a Associação dos Deficientes de Marechal Cândido Rondon (Adefimar) foi criada com o intuito de auxiliar os deficientes a ingressarem no mercado de trabalho. “As empresas do município recorrem a nós quando precisam preencher as vagas destinadas aos deficientes. Se nós temos, encaminhamos, mas nem sempre todos têm as qualificações exigidas”, expõe o presidente da Adefimar, Erno Ratke.

Ele comenta que o objetivo é ajudar os deficientes, que hoje ainda são muito discriminados. “Dependendo do local onde eles vão procurar emprego, antes de tudo se olha a fisionomia, a questão física e estética, e na maioria dos casos eles são muito qualificados, mas isso passa despercebido”, comenta Ratke.

Além do auxílio com o mercado de trabalho, a Adefimar também é uma oportunidade de lazer para os deficientes. “Muitos deles não saem de casa e por isso ficam ansiosos esperando a chegada dos nossos encontros que realizamos todas as quintas-feiras”, diz a vice-presidente da Adefimar, Beatriz Helena Kuhn.

Nos encontros há a realização de atividades e confraternização com o grupo. De acordo com o presidente da associação, cerca de 30 pessoas participam dos encontros. “É uma forma de divertimento para os deficientes”, enaltece Beatriz.

A associação também desenvolveu um grupo de louvor e todos os anos realizam apresentações na semana do portador de violência física, em agosto. “É um grupo que canta e emociona a todos. Além disso, é importante ter Deus nesse momento”, enfatiza Ratke.

A palestra promovida ontem (28) foi uma das poucas programações que a associação recebeu neste ano, no entanto, para 2019 a intenção é desenvolver mais ações para os deficientes. “Antes de abrirmos a associação, queremos fazer um cronograma para tentar trazer mais atividades. Isso é sinônimo de felicidade para muitos que participam”, declara Beatriz.

Para quem não conhece a Adefimar ou tem interesse de participar dos encontros, a vice-presidente convida para ir até a associação, localizada na Rua Amapá, 399, nas quintas-feiras, a partir das 13h30. “Todos serão bem-vindos para se associar conosco. Somos todos iguais, temos deficiências, mas também não temos. Somos eficientes. Queremos ajudar um ao outro”, ressalta.

 

 Preconceito

Viver com o preconceito e a discriminação ainda são barreiras enfrentadas pelos deficientes. Entretanto, Beatriz comenta que as pessoas estão começando a se conscientizar que a pessoa com deficiência é um ser humano como qualquer outro, e que também precisa viver em sociedade. “Mas houve um tempo em que foi muito mais complicado. Eu, por exemplo, era alvo de deboches por usar perna mecânica”, lembra, acrescentando que perdeu o membro após ter sido atropelada por uma motocicleta enquanto se dirigia ao trabalho, em Foz do Iguaçu.

Beatriz revela que é com essa experiência que ela buscar ajudar os outros deficientes a aceitarem e entenderem suas condições. “Tentamos passar para a pessoa que ela vai superar e que a vida precisa continuar. Para mim isso é uma missão, me sinto bem querendo ajudar”, destaca.

 

O Presente

Copyright © 2017 O Presente