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Banco do Brasil apresenta em Marechal Rondon Plano Safra 2019/2020

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Fotos: João Livi

 

O Plano Safra 2019/2020 entrou em vigor na segunda-feira (1º) e no dia seguinte (02) aconteceu um lançamento para Marechal Cândido Rondon e microrregião através da agência do Banco do Brasil (BB). O evento, realizado na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Marechal Rondon, reuniu pessoas ligadas ao agronegócio, como produtores rurais, representantes de empresas de assistência técnica, cooperativas e de revenda de máquinas e equipamentos. Na ocasião, foram divulgadas as taxas de juros para as linhas de crédito deste ano e outros serviços oferecidos pelo banco para a categoria, além do balanço do Plano Safra 2018/2019.

O Plano Safra é a disponibilização pelo governo federal de um montante de recursos financeiros para serem utilizados no crédito rural. Neste ano, o Banco do Brasil tem previsão de repassar R$ 103 bilhões para esta modalidade de crédito com juros subsidiados. Os valores são destinados para produtores rurais garantirem o custeio da lavoura ou realizar investimentos na propriedade, como construção de novos barracões para suinocultura ou avicultura. Também poderão realizar a compra de máquinas e equipamentos para modernizar a atividade e melhorar os níveis de produtividade.

O assessor de Agronegócios do Banco do Brasil, Afonso Schneider, relata que o grande diferencial no Plano Safra são as taxas de juros, que possuem subsídio do governo federal. “Neste ano tivemos manutenção de algumas taxas, como o Pronaf e Pronamp, que são para custeio, e algumas outras aumentaram em torno de 1%. Mesmo assim ainda são bastante atrativas para o produtor rural utilizar estes recursos tanto para o agro custeio como para investimentos”, destaca.

Afonso comenta que o crédito rural é disponibilizado através do banco, mas para ter acesso, sugere ao produtor que procure uma empresa de assistência técnica conveniada ao BB. “Os recursos são liberados através de projetos feitos pelas empresas de assistência técnica, então a orientação é que o produtor interessado procure sua cooperativa ou a empresa que dá a assistência técnica, seu agrônomo, elabore o projeto e encaminhe ao banco, tanto os projetos de custeio agrícola, como custeio pecuário ou projetos de investimentos também na atividade agropecuária. Os recursos já estão disponíveis”, frisa.

 

Crescimento

Celso Domingos, gerente da agência rondonense do Banco do Brasil, ressalta que o agronegócio é a locomotiva do país e que apresenta uma demanda muito crescente, sendo assim um nicho de mercado que recebe atenção por parte do banco. “A expectativa é aplicar 20% a mais de recursos no agronegócio em relação à safra passada, na qual foram aplicados R$ 85 bilhões no agronegócio de todo o Brasil. Nesse ano o banco vai disponibilizar R$ 103 bilhões, mostrando que o banco cada vez mais acredita nesse setor da economia que vem puxando e alavancando nosso progresso nacional e internacional”, ressalta.

No último Plano Safra a agência local aplicou pouco mais de R$ 145 milhões no Plano Safra. Agora, porém, conforme Domingos, a expectativa é a aplicação de no mínimo R$ 175 milhões. “As taxas são praticamente as mesmas em relação ao Plano Safra anterior com um pequeno ajuste de 1% ao ano para o médio produtor, o que não significa grande aumento”, diz, emendando: “Mas o grande atrativo é o maior volume de recursos que dão uma segurança maior para o agronegócio. O subsídio que o governo vai disponibilizar será maior que o disponibilizado na safra anterior, por isso a expectativa é muito positiva, até porque é o primeiro Plano Safra desse novo governo e, na minha opinião, será um dos melhores que tivemos ao longo dos últimos anos”.

 

Pequenos e médios produtores

Os beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) têm R$ 31,22 bilhões à disposição para custeio, comercialização e investimento. Pela primeira vez, o Tesouro Nacional alocou mais recursos para subvenção do programa em relação aos demais, somando R$ 4,975 bilhões.

Estão garantidos recursos de custeio para produção de alimentos básicos: arroz, feijão, mandioca, trigo, leite, frutas e hortaliças e para investimento na recuperação de áreas degradadas, cultivo protegido, armazenagem, tanques de resfriamento de leite e energia renovável.

Outra medida inédita é que os financiamentos podem ser usados para construção e reforma de casas rurais dos pequenos agricultores. Serão destinados R$ 500 milhões para esse fim, pleito antigo do setor rural. Com estes recursos, será possível construir até dez mil casas. “A gente sabe que hoje o produtor utiliza alta tecnologia na construção de suas atividades. Muitas vezes ele tem o aviário ou a pocilga com ambientes climatizados e automatizados, mas não tem todo esse conforto na sua residência. Apesar de ser um item que não impacta diretamente na produtividade ou no rendimento da propriedade, ele vai poder fazer esse investimento para construção e reforma de casas”, expõe Schneider.

Os recursos para o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) passaram para R$ 26,49 bilhões, R$ 6,46 bilhões a mais que o programado na safra 2018/2019, o que representa aumento de 32% nas verbas. Os produtores que não se enquadram no Pronaf podem ser beneficiados pelo Pronamp.

 

Seguro rural

Em 2020, será destinado R$ 1 bilhão para subvencionar a contratação de apólices do seguro em todo o país. Esse é o maior montante que o programa receberá desde sua criação, em 2004.

Com esse valor, cerca de 150,5 mil produtores rurais poderão ter a safra segurada. Devem ser contratadas 212,1 mil apólices, com a cobertura de 15,6 milhões de hectares e valor segurado de R$ 42 bilhões.

 

Apoio à comercialização

Foram aprovados novos preços mínimos, com reajuste médio de 7%, para os principais produtos. Esses valores tiveram como referência os custos das lavouras, os preços nos mercados internacionais e a perspectiva das taxas de câmbio.

 

Financiamento

Algumas medidas no sentido de melhorar o acesso, aumentar a oferta de crédito e reduzir os custos financeiros serão implantadas por meio de uma medida provisória: Cédula do Produto Rural (CPR) em dólar, o Fundo de Aval Fraterno, Patrimônio de Afetação e equalização de juros para cerealistas.

 

Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil, Afonso Schneider: “Os recursos são liberados através de projetos feitos pelas empresas de assistência técnica, então a orientação é que o produtor interessado procure sua cooperativa ou a empresa que dá a assistência técnica, seu agrônomo, elabore o projeto e encaminhe ao banco” (Foto: João Livi)

Evento reuniu pessoas ligadas ao agronegócio, como produtores rurais, representantes de empresas de assistência técnica, cooperativas e de revenda de máquinas e equipamentos (Foto: João Livi)

 

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