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Geração de empregos dá sinais de recuperação em Marechal Rondon

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Números se invertem e indústria de transformação, responsável por mais demissões no primeiro trimestre de 2016 em Marechal Rondon, desta vez lidera as contratações de profissionais

Depois da turbulência dos últimos anos, aos poucos a economia mostra que um novo cenário surge no horizonte. O saldo positivo da geração de empregos em Marechal Cândido Rondon teve um aumento de 285% de janeiro a março deste ano na comparação com igual período do ano passado. É o que aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho. Os números valem para a agência local do trabalhador.

Tais índices podem ser interpretados com otimismo pelo empresariado rondonense, uma vez diferente do ano passado, quando 49 postos de trabalho foram gerados no primeiro trimestre de 2016, agora a pesquisa retrata 140 postos. No período analisado no ano passado foram registradas 1.869 contratações diante de 1.820 desligamentos, já para os três primeiros meses deste ano as admissões representaram 1.816 postos contra 1.676 demissões.

A indústria de transformação desponta como líder em contratações neste ano, justamente o contrário de 2016. Enquanto ano passado o setor foi o responsável pelo maior número de desligamentos, com 70 postos negativos, desta vez ficou em primeiro lugar com saldo de 69 postos de trabalho gerados no período avaliado. Além disso, o trimestre deste ano fechou com poucas demissões, respectivamente duas na extração mineral e três na construção civil.

 

Retomada

O gerente da Agência do Trabalhador de Marechal Rondon, Arli Neodi Costa (Pereira), diz que os números mostram equilíbrio na relação entre contratações e demissões. “Eu acho que acabou o momento com aquela sequência na qual estávamos regredindo economicamente. No mínimo estamos estabilizados e com uma expectativa de ascendência, porque daqui em diante as empresas devem voltar a crescer novamente”, entende.

“A própria economia se explica. Uma vez que a indústria não estava contratando, a tendência é de que o setor de serviços também diminuísse as suas atividades. Agora, quando a indústria volta a contratar e recomeça a evoluir, a expectativa se volta ao setor de serviços, que como consequência deve retornar a crescer”, menciona Pereira.

Ele acredita que o melhor a fazer é aguardar, justamente por haver um longo período de recuperação pela frente. “A crise não está cessada, ela ainda continua, porém a previsão é de que não incomode mais, que daqui para frente seja estabelecido um período de crescimento. Sempre se acredita que as notícias positivas em termos de economia levam as pessoas a entrar no mercado de consumo. Elas também criam uma expectativa positiva, contribuindo para um novo momento de crescimento”, conclui.

 

Produção industrial avança em março

A produção da indústria brasileira voltou a ter alta, de 1,1%, em março, na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou na quarta-feira (03) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho da indústria em 2017 ainda não consolidou uma tendência, quando comparado aos dados do ano anterior. Foi a segunda alta apurada neste ano. Em fevereiro, havia caído 0,8%. Em janeiro, uma alta de 1,4% na produção havia encerrado período de 34 meses de quedas consecutivas.

As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 1% na variação mensal e de alta de 2,1% na base anual. Em março, 16 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE tiveram melhora na produção, com destaque para veículos, reboques e carrocerias (10,9%) e indústria extrativa (7%).

Os bens de capital tiveram alta de 4,5%, a quinta alta seguida. Os bens são máquinas e equipamentos, considerados também como indicador de investimentos. Os equipamentos para o setor agrícola, que cresceram 36,2% no período de um ano, puxaram a alta do segmento.

O crescimento é reflexo do aumento da produção de alimentos verificada em fevereiro. Já os bens voltados para fins industriais, contudo, tiveram queda de 10,3%, mostrando que a recuperação da indústria ainda não se espalhou para todos os ramos de atividade.

Na comparação de março com o mês imediatamente anterior, a indústria apurou queda de 1,8% na produção, tendo sido puxada principalmente pelo recuo de 8,5% na produção de bens duráveis. Dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE, 15 tiveram resultado negativo. A queda mostra que os indícios de retomada ainda não se consolidaram. Segundo o IBGE com o resultado a produção permaneceu com comportamento “predominantemente negativo desde o início do ano”. Em janeiro, a queda havia sido de 0,4% em relação ao mês imediatamente anterior. Em fevereiro, a variação foi nula, na mesma base comparativa.

Nos três primeiros meses do ano, a produção teve alta de 0,6% frente ao verificado em igual período de 2016. O destaque foi o aumento de 4,4% na produção dos chamados bens de capital. No trimestre, os bens de consumo tiveram aumento de 10,5% em sua produção. Novamente veículos (11,5%) e indústria extrativa (8,2%) tiveram as maiores altas do período. Os dados foram impulsionados pelo mau desempenho desses segmentos no primeiro trimestre do ano passado.

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