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Marechal Solidariedade

Instituições rondonenses pedem doações de aparelhos para alunos acessarem aulas virtuais

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Agente educacional Carla Trento, que trabalha na direção auxiliar do Colégio Estadual Frentino Sackser: “Não podemos nos preocupar com a perda do ano só no final. É preciso fazer algo agora. Não sabemos quanto tempo ainda vamos continuar sem aula presencial e quanto mais o tempo passa, mais o aluno sem acesso fica perdido” (Foto: Divulgação)

Desde o início do mês de abril, os mais de um milhão de alunos da rede pública de educação do Estado do Paraná estão estudando a distância. As aulas são transmitidas na televisão aberta, no Youtube e no aplicativo “Aula Paraná”, que reúne vídeos, atividades e salas de bate-papo entre estudantes e professores.

Em Marechal Cândido Rondon, grande parte dos discentes já estão acompanhando o ensino remoto, contudo, algumas famílias sofrem com a impossibilidade de acesso aos conteúdos devido à falta dos instrumentos necessários. Em vista disso, muitas escolas, colégios e instituições privadas estão realizando campanhas para arrecadar aparelhos celulares para distribuir às famílias com dificuldades de acessar os conteúdos.

 

DIFICULDADE

A agente educacional Carla Trento, que trabalha na direção auxiliar do Colégio Estadual Frentino Sackser, conta que com o início das aulas remotas percebeu-se que alguns alunos não estavam presentes e que isso não acontecia por negligência, mas por impossibilidade. “Nós temos muitos alunos carentes na nossa escola, principalmente no turno vespertino. Eles não têm acesso à internet e com isso levam falta e acumulam conteúdos. Não podemos nos preocupar com a perda do ano só no final. É preciso fazer algo agora. Não sabemos quanto tempo ainda vamos continuar sem aula presencial e quanto mais o tempo passa, mais o aluno sem acesso fica perdido”, menciona, acrescentando: “Eles têm cinco aulas por dia e em cada uma recebem atividades para fazer. Quem não estiver acompanhando vai acumular e depois terá dificuldade em colocar tudo em ordem de uma vez”.

Assim como outras instituições de ensino, o Colégio Frentino Sackser busca mobilizar pessoas para auxiliar na situação. “Quem tem um aparelho encostado, mas em condições de uso, pode nos ajudar na distribuição dessa tecnologia a quem precisa. Podem ser celulares, tablets e notebooks”, salienta Carla.

Conforme ela, não importa a marca ou modelo, basta ser um equipamento que possibilite acesso à internet. “O estudante só gasta dados móveis para baixar o aplicativo, pois durante o uso para aulas a franquia não é consumida”, explica.

 

TVs

A agente educacional lembra que muitas famílias não possuem sequer um aparelho televisor em suas residências para acompanhar as transmissões. “Por isso, TVs também são aceitas”, enaltece.

“Nós vamos dar o destino correto, ajudando a quem precisa, com tudo o que recebermos. Em algumas casas há mais de um estudante e eles farão revezamento para conseguir acessar a plataforma. Conforme recebermos mais doações, podemos dar aparelhos para cada um”, projeta.

A prioridade, de acordo com Carla, serão para as pessoas que não têm qualquer acesso à internet e nem à televisão. “Assim que tivermos os aparelhos vamos chamar os estudantes e fazer a entrega”, comenta. “Com os aparelhos em mãos os alunos conseguem baixar os aplicativos e já começam a estudar”, expõe.

 

MERENDA

Atualmente, os colégios estaduais estão distribuindo a merenda em cestas básicas para as famílias necessitadas e, nesse processo, a direção do Frentino está fazendo contato com as famílias.

 

COMO DOAR

Quem tiver interesse em contribuir com a campanha pode se dirigir até o colégio ou entrar em contato com o Frentino. Os telefones são (45) 99912-9900, 99961-2867 e 3284-1957. “Se for necessário, nós até buscamos as doações”, informa a agente educacional.

 

SUCESSO

Segundo ela, os alunos que têm acesso às aulas estão tendo sucesso na sequência do ano letivo. “Quem consegue acessar os canais de transmissão das aulas facilmente acompanha e faz as atividades. Nós criamos grupo de WhatsApp para cada turma e passamos orientações por lá também”, informa, emendando: “Ao que tudo indica, boa parte do ano vai acontecer dessa maneira, então, os professores têm interagido com os alunos, e infelizmente aqueles que não conseguem acessar o aplicativo acabam ficando excluídos”.

Superada a falta de equipamentos, Carla avalia que as aulas virtuais estão dando certo. “A princípio, frequentemente o sistema é atualizado e o acesso se complica, todavia logo volta ao normal”, relata.

 

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