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Marechal Natalidade
Marechal Rondon registra aumento de 12% nos nascimentos em 2021
Se em tempos de pandemia a elevação no número de óbitos se tornou algo esperado diante do agravamento da crise sanitária do coronavírus, chama a atenção o aumento no número de nascimentos em Marechal Cândido Rondon, uma vez que o período não é muito aconselhado para uma gestação, considerando os riscos e as limitações no atendimento no sistema de saúde.
De acordo com a registradora civil do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Marechal Rondon, Thaís Bosio Cappi, nos últimos quatro anos os números tanto de óbitos quanto de nascimentos, de modo geral, eram estáveis, com picos isolados. Em 2021, por outro lado, segundo ela, foi visualizada uma elevação em todos os números. “O aumento nos óbitos era esperado em razão do recrudescimento da pandemia, porém o impacto nos outros números nos surpreendeu. Não conseguimos identificar um motivo específico, mas acreditamos que possa ter influências pela forma brutal com que a pandemia tem nos atingido, com as incertezas sobre o futuro, levando as pessoas a buscarem a concretização de seus sonhos, como o casamento e os filhos tão esperados”, opina.
Registradora civil do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Marechal Rondon, Thaís Bosio Cappi (Foto: Arquivo/OP)
A relação entre nascimentos e mortes, pontua a registradora, segue oscilando positivamente para a natividade. “Os óbitos costumam ter um aumento nos meses de inverno, em razão das doenças sazonais ocasionadas pelas baixas temperaturas. Por outro lado, o número de nascimentos sempre foi bastante superior, com média ultrapassando os 60 registros por mês, enquanto os óbitos variam entre 25 e 30”, expõe.
CONCEPÇÃO NO INÍCIO DO ISOLAMENTO
O número de nascimentos, por sua vez, vinha registrando uma leve tendência decrescente nos últimos anos. “No início de 2021, entretanto, constatamos um aumento de 12% na média de nascimentos em comparação com 2020. É interessante que a concepção aproximada das crianças nascidas agora coincide com os primeiros meses da pandemia, fase em que foram adotadas medidas mais rígidas de isolamento”, constata Thaís.
FALECIMENTOS POR COVID-19
A partir do segundo semestre de 2020, aponta a rondonense, a média de óbitos cresceu. “Chegamos a números expressivos nos meses de março e abril deste ano. Sem dúvida, os números foram alavancados pelos falecimentos em razão da Covid 19. Ao contrário do que infelizmente já ouvimos, os falecimentos decorrentes de outras causas (câncer, infarto, AVC, acidentes e outros) continuam a ocorrer em uma média normal”, salienta.
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