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Marechal Alta nos números

Novos casos de Covid-19 não são graves, afirma secretária de Saúde de Marechal Rondon

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Secretária de Saúde de Marechal Rondon, Marciane Specht: “A imunização fez com que tenhamos casos menos graves acontecendo, apesar da alta taxa de casos positivos” (Foto: Raquel Ratajczyk/OP)

Depois de terminar 2021 com dados epidemiológicos da Covid-19 em patamares baixos, Marechal Cândido Rondon viu novamente os números de casos crescer. “Até fim de dezembro do ano passado, os casos ativos estavam em um patamar extremamente baixo, com poucos pacientes sendo monitorados. A população atendeu as orientações do COE (Centro de Operações de Emergência) e por isso conseguimos em 2021, mesmo em meio à variante delta e por mais que algumas vidas foram perdidas, fazer os atendimentos de saúde com menos dificuldades”, relembra a secretária de Saúde, Marciane Specht.

A situação mudou logo depois do Natal, quando a Saúde rondonense passou a registrar, gradativamente, aumento na busca por atendimento médico. “Percebemos isso a partir do dia 26 de dezembro”, comenta.

 

Casos não graves

Desde o início da pandemia, a maior quantidade de casos ativos de coronavírus havia sido registrada em 18 de março de 2021: 335. Ontem (20), contudo, esse recorde foi quebrado e Marechal Rondon chegou a 343 casos ativos. Apesar da alta, a secretária ressalta que a maioria dos casos são leves.

“Frente a este novo cenário de aumento dos casos positivos e ativos de Covid-19 é preciso frisar a não gravidade dos pacientes. O quadro clínico não grave que se mostra nesse momento está atrelado ao resultado da vacinação”, considera.

 

Variante ômicron

Marciane acredita que o novo aumento dos casos em Marechal Rondon está ligado à variante ômicron, sendo que a primeira, a segunda e a dose de reforço contribuíram à não gravidade dos casos, se comparados a variantes anteriores. “Tendo alcançado a imunização de rebanho, criou-se uma barreira para minimizar o contágio das formas graves da doença, que até então era a variante delta. Consequentemente nesse momento, a imunização fez com que tenhamos casos menos graves acontecendo, apesar da alta taxa de casos positivos”, frisa.

Ao O Presente, a secretária fez uma breve comparação entre as duas últimas variantes de expressão. “A variante ômicron é altamente contagiosa, então a capacidade de infecção é muito maior do que de outras variantes. Por outro lado, até o momento estudado, a gravidade não é como a da variante delta, que gerava inúmeros casos de internação hospitalar com sintomas moderados ou graves, levando pacientes à intubação e muitos dias de internamento hospitalar”, salienta.

 

Reunião do COE

Diante do alto número de casos de Covid-19 em Marechal Rondon, Marciane orienta a população a manter os cuidados de prevenção. “Somente mantendo os cuidados vamos conseguir quebrar a transmissão que está acontecendo nesse momento”, salienta.

A secretária de Saúde deve convocar para esta sexta-feira (21), às 09 horas, um reunião do COE para analisar o cenário de aumento dos casos positivos no município.

 

Escassez de testes

Marechal Rondon costumava realizar teste RT-PCR em pacientes suspeitos de Covid-19 até antes da nova leva de confirmações, porém o material ficou escasso e não está mais disponível. “Portanto, fizemos a alteração para coleta com o antígeno, conforme orientação da Sesa (Secretaria de Saúde do Estado)”, pontua.

A realização dos testes agora está acontecendo no Pavilhão Alemão, anexo ao Parque de Exposições. “Não atendemos a busca espontânea de pacientes por testes, porque se faz necessária a indicação por parte médica, que inclui consulta médica, análise clínica, termo de isolamento e, por fim, agendamento”, explica.

 

Alteração no período de isolamento

Houve a alteração do período de isolamento dos pacientes, informa Marciane. “O paciente assintomático que tem um resultado positivo para Covid-19 deve cumprir isolamento de sete dias, a contar da data da coleta do exame. Caso desenvolva algum sintoma, ele deve permanecer em casa por dez dias. Para casos leves, que não necessitam de internamento hospitalar, esse período será de dez dias a contar do início dos sintomas, podendo o paciente sair do período de isolamento caso não tenha febre, sinta redução dos sintomas respiratórios e que esteja há 24 horas sem usar antitérmico. Para casos moderados ou graves, o período de isolamento passa a ser de 20 dias”, detalha.

No caso de pessoas incluídas como contato próximo, o rondonense pode ser liberado da quarentena a partir do último dia do contato e seja testado no 5º dia. “Se o resultado for negativo, ele pode ser liberado da quarentena, mas deve manter os cuidados adicionais até o 10º dia. Se testar positivo no 5º dia, ele deve permanecer em isolamento por até dez dias”, expõe a secretária de Saúde.

 

O Presente

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