“O movimento vai continuar”, afirma organizador do “Costa Oeste contra o pedágio”

“Enganar os eleitores”. É desta forma que um dos organizadores do movimento “Costa Oeste contra o pedágio”, professor universitário Wilson Zonin, interpreta o anúncio feito na quinta-feira (14) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o adiamento para o quarto trimestre de 2022 da assinatura dos novos contratos de pedágio nas rodovias do Paraná. “Adiar não basta. Se estão adiando é porque querem enganar os eleitores. Se fosse coisa boa iriam implantar e fazer propaganda”, destacou ao O Presente.

Ele avalia o recuo, todavia, como uma conquista. “Tentaram enganar com a falácia do tal desconto de 50% que não existe e não colou, agora vão tentar se esquivar, enrolar durante a eleição, para dar o golpe depois”, declarou.

Para Zonin, o adiamento não pode ser um balde de água fria. “O movimento vai continuar, vai desenvolver estratégias para influenciar o debate eleitoral e dialogar com todas as candidaturas, buscando aliados para a não implantação deste tal ‘novo pedágio’”, ressaltou.

Até o momento, o saldo do abaixo-assinado promovido pelo movimento “Costa Oeste contra o pedágio”, que luta, em especial, pela não instalação de novas praças de pedágios na região Oeste, é de cerca de 2,5 mil assinaturas.

“Tivemos um impacto positivo até aqui. Foi maior do que esperávamos, tanto em termos de adesão de assinaturas quanto pela repercussão”, avalia. “Desde que o movimento começou, na segunda metade de agosto, já tivemos a adesão de mais de 100 vereadores, prefeitos e deputados da nossa região. Os grupos que formam o movimento no Oeste e na Costa Oeste do Paraná continuam unidos e as ações serão mantidas e ampliadas”, garante.

Um ano sem pedágio

 

Com o anúncio da ANTT sobre o adiamento dos novos contratos para o fim de 2022,o Estado deve ficar quase um ano sem pedágio. As atuais concessões terminam no próximo mês de novembro.

 

O Presente

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