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Marechal Ajustes em análise

Por mais segurança, sinalização do anel viário será ampliada

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Carretas e veículos pesados utilizam o traçado há mais de cinco meses, desafogando o trânsito na área urbana. Avaliação do município é altamente positiva, no entanto ajustes são analisados para aumentar a segurança de quem trafega no local, especialmente no trevo em direção ao Guarani (Foto: Joni Lang/OP)

Liberado no início do mês de julho deste ano, o anel viário de Marechal Cândido Rondon é trajeto obrigatório para veículos carga pesada, tendo como objetivos tornar o trânsito mais seguro e com maior fluidez nos bairros e no centro da cidade.

Conforme expõe o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa, a grande maioria dos motoristas de carretas e caminhões respeita a legislação de trânsito e utiliza o anel viário. “Há algumas exceções na Rua Minas Gerais, mas temos conversado com moradores e comerciantes e 90% deles nos dizem que muito do antigo problema está sanado”, menciona, acrescentando: “Temos verificado que o anel viário está sendo usado. Donos de transportadoras e caminhoneiros dizem que está muito bom para desviar da cidade, até mesmo a preocupação deles era se a prefeitura colocaria obstáculo ou algo para aumentar a segurança nos trevos (de acesso ao Roda D’água e em direção ao Guarani). Temos conversado para tranquilizá-los de que não há nenhum estudo e nem possibilidade de ocorrer agora. O anel viário foi feito para os caminhões pesados desviarem da cidade e irem trafegar no local, o que tem acontecido atualmente”, frisa.

 

AVALIAÇÃO POSITIVA

Para Welyngton, a avaliação desses mais de cinco meses de uso do anel viário é extremamente positiva. “O anel viário é uma obra esperada há mais de 20 anos, que a administração Marcio Rauber e Ilario Hofstaetter teve coragem de fazer. Óbvio que toda obra com perspectiva de grande uso e que estava há muito tempo parada geraria muitos comentários. Nós ainda estamos adaptando a sinalização, porém a expectativa é de que com o passar do tempo o anel viário fique muito mais seguro, mais utilizável por caminhões e que os acidentes venham a diminuir”, destaca, emendando: “Temos verificado que muitos acidentes têm acontecido por imprudência e não por falta de sinalização nos trevos de acesso ao Roda d’Água e em direção ao Guarani”.

 

Trevo de acesso ao Roda d’Água é um dos pontos críticos do anel viário (Foto: Joni Lang/OP)

 

PREOCUPAÇÃO CONSTANTE

O anel viário foi palco de acidente fatal há cerca de duas semanas, quando uma mulher perdeu a vida após colidir um veículo Fiesta em uma carreta no trevo de acesso ao Guarani, quando trafegava no sentido Margarida a Marechal Rondon. Sobre o assunto, o secretário enaltece que a preocupação da administração municipal é grande neste e no outro trevo do traçado rodoviário. “A preocupação é constante. Antes de liberarmos 100% o anel viário nós fizemos sinalização forte nos dois locais, com tachões, tachinhas, sinalização vertical, inúmeras divulgações pela imprensa, até recebemos algumas críticas de tanta sinalização que houve. Mas fizemos justamente para chamar atenção à velocidade porque esses trevos não podem deixar de existir ali, pois ligam a cidade a bairros e distritos de suma importância, portanto não há como ficar sem uma ligação”, pontua.

No entanto, enaltece o secretário, caminhões circulam no anel viário até 60 km/hora com prioridade de trânsito. “Chamamos atenção da comunidade para redobrar a atenção ao usar o anel viário por ser um local de extremo perigo. A gente está sinalizando, vai colocar novas placas, a empresa contratada pela licitação já está na fase de entrega e assim que essas placas chegarem será finalizada instalação a 100 metros do trevo em direção ao Guarani, sinalizando quatro pontos para destacar ser um local de extremo perigo e que as atenções devem ser redobradas”, reitera.

Segundo ele, a comunidade apresentou sugestões à secretaria, a exemplo da colocação de sinais de alerta amarelos permanentemente e postes de iluminação. “Vamos verificar dotação e orçamento em relação a isso para que possamos melhorar a sinalização com este alerta visando os condutores redobrarem a atenção ao entrar no anel viário”, comenta.

 

SEM OBSTÁCULOS

Welyngton diz que algumas pessoas sugeriram obstáculos como lombadas e travessias elevadas, mas isso não pode ser feito no anel viário. “Está descartado porque se colocar isso muitos caminhoneiros vão procurar outros meios e voltarão a circular pela cidade. O anel viário foi criado para tirar o trânsito de veículos pesados da área urbana, então se colocarmos obstáculos vamos gerar problemas para os caminhões. Do contrário vamos forçar rotas alternativas e não queremos isso”, salienta.

Ele afirma que lombadas ou travessias geram mais dificuldades aos veículos que desejam passar pelo local, seja para quem vem de Margarida ou do Bairro Ana Paula. “Na prática isso já causou problemas em outros locais, tanto que a Resolução 0600 do Contram (Conselho Nacional de Trânsito), que estabelece normas para colocar lombadas e travessias elevadas, é muito clara ao dizer que deve ter distância mínima da travessia e da lombada até o cruzamento, que não pode ser no início do cruzamento porque tira atenção do usuário”, esclarece.

“Muitos motoristas vão acelerar na lombada para ter tempo de passar antes do caminhão e nós não queremos isso, mas, sim, que ele tenha muito mais segurança, então vamos reforçar a sinalização com placas e objetos luminosos, tachinhas, sonorizadores para que realmente a pessoa ao chegar nos trevos de acesso tenha atenção redobrada”, informa.

 

Secretário de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa: “Aumentaremos a sinalização para que as pessoas dobrem a atenção e não venham a incorrer em imprudência de trânsito, diminuindo os acidentes” (Foto: Joni Lang/OP)

 

IMPRUDÊNCIA

Em relação à aplicação de alguma intervenção para coibir excesso de velocidade, entre outros, para diminuir ocorrências como acidentes, o secretário reitera que o município tende a ampliar a sinalização. “Isso pode ser feito. É muito bom salientar que o trânsito não é municipalizado, a prefeitura tem o dever de sinalizar, enquanto a Polícia Militar, representando o Estado, tem a responsabilidade de fiscalizar. Qualquer método para controlar e aferir velocidade não pode ser colocado pelo município porque não gera penalidades”, explica.

“Os acidentes foram registrados por falta de cuidado, infelizmente ocorreram, no entanto, devemos trabalhar para que diminuam. A prefeitura vai fazer a sua parte. Todos os órgãos, a exemplo da polícia, estão preocupados com esta situação e podem fazer operação com uso de radares para conferir velocidade e checar documentos de veículos e dos condutores para ver se são pessoas habilitadas. Iremos aumentar a sinalização para que as pessoas dobrem a atenção e não venham a incorrer em imprudência de trânsito, diminuindo os acidentes”, complementa.

 

Travessia elevada pode ser construída a 100 metros da Realize Materiais de Construção no sentido bairro/centro para facilitar o acesso de carretas e caminhões ao anel viário (Foto: Joni Lang/OP)

 

ESQUINA DA REALIZE

Quando da liberação do tráfego no anel viário foi mencionado sobre a intenção de instalar um semáforo na esquina da Avenida Rio Grande do Sul com a Rua Helmuth Priesnitz, na esquina da Realize Materiais de Construção. Sobre isso, Welyngton explica que a equipe da Mobilidade Urbana começou estudo com a possibilidade de colocar semáforo, construir rotatória ou travessia.

“Observamos o uso do anel viário e ouvimos o ‘feedback’ dos motoristas que utilizam aquele local. Descartamos rotatória porque os caminhões não conseguiriam fazer a conversão plena e segura naquele ponto. Sobre semáforo chegaram informações da comunidade de que não haveria necessidade, porque os caminhões que vêm do anel viário parariam e quando o sinal abrisse dois ou três conseguiriam fazer a conversão na Avenida Rio Grande do Sul, coisa que hoje fazem com muito mais rapidez. Muitos caminhoneiros pedem para que a prefeitura providencie para quem vem pela avenida sentido Vila Gaúcha/Centro a construção de uma travessia elevada a 100 metros do entroncamento com a Realize. Com isso os veículos diminuiriam a velocidade para dar espaço aos caminhões entrarem na via. Para quem vem do centro já existe. Esta sugestão é avaliada e talvez elimine a colocação do semáforo”, revela.

O secretário pontua que neste entroncamento ainda não ocorreram acidentes graves. “Observamos nos horários de pico, no almoço e às 18 horas, uma pequena parada de caminhões, pouca permanência e boa fluidez. Nós proibimos o estacionamento na frente da Casa da Costela para evitar giro dos caminhões. A Rua Ari Branco da Rosa virou mão única para que não adentrem na avenida, ou seja, a segurança aumentou. O retorno das pessoas é positivo, mas devemos criar mecanismos para que os veículos trafeguem com menos velocidade para ajudar os caminhões. Faremos alguns ajustes no início do ano”, finaliza Welyngton.

 

Trevo de acesso ao Guarani deve receber sinalização ostensiva. Preferência da via é dos veículos que trafegam no anel viário (Foto: Joni Lang/OP)

 

Trevo de acesso ao Roda d’Água, no fim da Avenida Írio Jacob Welp, também é considerado como perigoso (Foto: Joni Lang/OP)

 

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